A safra 2018/2019 de mel em Nova Trento, cuja colheita começou em dezembro do ano passado e terminou em abril, atingiu cerca de 35 toneladas, 15 toneladas a baixo da estimativa do escritório local da Epagri.
O chefe do escritório, Victor Alisson Gomes, tinha a expectativa de uma produção de 50 toneladas no início do ano, devido às boas condições do tempo em quase todo o segundo semestre do ano passado, com floradas densas em todo município.
A produção média por colmeia esperada era de 15 quilos, o que é um desempenho muito bom.
A florada silvestre foi muito boa até quando durou, até dezembro, mas o que prejudicou a produção foi a florada de eucalipto, que vem depois da silvestre, que não foi boa, apesar da constatação muito positiva quanto à sanidade das abelhas.
Victor diz que o calor excessivo em fevereiro e março, principalmente, comprometeu a floração e, consequentemente, o volume de néctar nas flores não foi o esperado pelas abelhas; daí o decréscimo na produção. A queda na produção poderá ter um reflexo nos preços. O preço médio por quilo, junto ao produtor, está em cerca de R$ 15.
Seminário
Apesar da relativa frustração na safra, os apicultores continuam animados. No último sábado, 4, 20 deles, integrantes do Grupo de Amigos das Abelhas, de Nova Trento, estiveram em Antônio Carlos, do Seminário Regional de Apicultura, que reuniu 150 apicultores dos 22 municípios da região da Grande Florianópolis. Além de palestras, participaram de oficinas de manejo.
No evento decidiu-se que o Seminário Catarinense de Apicultura, que se realiza anualmente, acontecerá em Canelinha em 2020 como reconhecimento pela importância que a apicultura assumiu no Vale do Rio Tijucas.