Uma missa, neste sábado, às 15 horas, no oratório do Bom Jesus de Iguape, no Baixo Salto, não só repete uma tradição de décadas, sempre no início de agosto, como marca um compromisso que se renova a cada ano: de a comunidade manter aquele símbolo maior da religiosidade da localidade. E isso há mais de um século.

O vigário paroquial e também historiador autônomo, padre Flávio Feler, conta que este oratório, de 5,5 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, com uma escadaria de cimento de 20 degraus, teve sua construção iniciada em 1918 devido a uma promessa da família Cadore.

O que se destaca em seu interior é uma antiga imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape, confeccionada em madeira a pedido da família Cadore, para pagar a promessa. Este pequeno templo fica na margem direita do Rio do Braço, em frente ao Oratório de Nossa Senhora Aparecida, no Baixo Salto. O casal Jeremias Minatti e Ana Till Minatti, que moram ao lado, abrem e fecham o oratório todos os dias, além de fazerem a limpeza e cuidar do seu interior e dos arredores.

A imagem do Bom Jesus, mostra a tradicional figura do Senhor Bom Jesus: manto vermelho sobre os ombros, mãos caídas e amarradas na frente do corpo, coroa de espinhos na cabeça. Essa coroa tem algo que chama a atenção: os espinhos são compridos e de latão. Toda a imagem, de cerca de 70 cm de altura, feita à mão, rústica, inspira compaixão e devota dor. Seu criador foi o escultor Luiz Tomasi.

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