Motivo de discussão e de uma indicação, na Câmara de Vereadores,  pedindo providências do Executivo, o prefeito Tiago Dalsasso e o biólogo da Prefeitura, Marinho Tomasi, esclarecem não haver ocupação desordenada na distribuição das carneiras e dos respectivos túmulos na  parte nova do Cemitério Municipal.

Marinho explica que o que dá a ideia de desalinho é a falta de uma placa ou calçada, de cerca de 20 centímetros de largura, que cerca todos os túmulos. Nos primeiros sepultamentos na nova área já há as referidas calçadas, que faltam nos túmulos abertos mais recentemente, como pode se observar nas fotos.

Tanto o prefeito como o biólogo garantem que a Prefeitura está seguindo rigorosamente o projeto aprovado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), que tem feito inspeções constantes para verificar seu cumprimento.

Quanto à indumentária dos dois prestadores de serviço que atendem no Cemitério Municipal quando de sepultamentos (vestindo bermuda e camiseta e calçando chinelos, não compatível com a circunstância, devido à presença de muitas pessoas), a Prefeitura espera ter, proximamente, um regramento para resolver a situação, mesmo porque a tendência é que os serviços funerários sejam concedidos via licitação pública. No caso, os dois prestadores de serviços seriam servidores da concessionária.

Cemitério vertical –   Antes de tais providências, porém, a Prefeitura quer buscar e introduzir novas formas de sepultamento no cemitério, como o sistema de gavetas ou cemitério vertical (foto), uma prática cada vez mais usual nas médias e grandes cidades de Santa Catarina. Uma empresa já foi convidada pela Prefeitura para uma visita a Nova Trento, visando fornecer subsídios e orientações.

Em linhas gerais, um cemitério vertical pode ser considerado um novo modelo de necrópole. Ou seja, uma nova maneira de realizar o sepultamento dos mortos. O que separa o cemitério vertical dos formatos anteriores é a sua preocupação com o meio ambiente.

Assim, esse modelo de sepultamento visa diminuir os efeitos poluentes, que são decorrentes do processo de decomposição. Quando um corpo é enterrado, os fungos e bactérias presentes no solo o fazem liberar o líquido conhecido como necrochorume.

Esse líquido, por sua vez, é constituído por sais minerais e uma série de substâncias que agridem o solo. Uma vez que os cemitérios mais antigos não possuem os meios adequados para lidar com essa situação, o meio ambiente é colocado em risco.

Assim, o cemitério vertical surge como uma alternativa para esse cenário, assim como a cremação. Entretanto, as suas vantagens não estão restritas a isso também se ampliam quando se pensa no menor espaço ocupado e no baixo custo para a manutenção.

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