Inflação na mesa
Todo mês a inflação sentida pelas famílias de Florianópolis, calculada pela Udesc, tem sempre seus vilões no grupo alimentação. Na de maio, de 0,36%, contra 0,97% de abril, foi a cebola (30%), da qual SC é o maior produtor nacional. Em compensação, o preço do tomate caiu 20,9%.
Inconstitucionalidades
O MP-SC ajuizou várias ações de inconstitucionalidade contra mudanças feitas no Código Estadual do Meio Ambiente de SC alegando que o Legislativo, que as aprovou, e o Executivo, que as sancionou, extrapolaram sua competência. Elas teriam flexibilizado normas de proteção e dificultado a fiscalização de infrações ambientais. Pode ser. Mas em algumas alegações, parece faltar bom senso: exigir outorga (sem contar os custos e a burocracia que isso envolve, principalmente quanto a pequenos agricultores) de uso de água pelo dono de poço raso ou cavado, é um exagero. É ambientalismo histérico, de gabinete.
Representatividade negra
Na próxima segunda-feira serão lançadas mais de 50 pré-candidaturas de pessoas ligadas ao movimento negro que concorrerão a cargos no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas em vários Estados, inclusive SC. Nas eleições de 2018, dos 513 deputados eleitos, apenas 125 se autodeclaram negros ou pardos; 385 se autodeclaram brancos (75%), dois amarelos (0,389%); e um indígena (0,19%). Participam da ação o PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT e Rede.
Vaidades
O Tribunal de Contas mandou para a Assembleia Legislativa, onde já foi aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, um projeto curioso: propõe que o presidente da instituição tenha tratamento como “chefe de poder público”. Essa equiparação está prevista no decreto estadual 9.338/2018. O que isso quer dizer? Vaidades exacerbada e sede de poder. Só pode ser.
Eternidade
Procuradores da República que atuam na ação civil pela indenização às famílias das vítimas do acidente da Chapecoense, que prestaram depoimento, anteontem, na CPI do Senado que investiga o impasse para o pagamento, afirmaram que caso nenhuma liminar positiva seja emitida nos próximos dias “essa ação vai se eternizar”. Até o momento, o Ministério Público Federal não conseguiu nenhum resultado concreto que amparasse minimamente a expectativa das famílias das vítimas.
Conselho
Um conselho para o ex-secretário nacional da Pesca e candidato a senador por SC pelo PL, Jorge Seif Junior: tem que eliminar ou pelo menos suavizar seu forte sotaque carioca durante os contatos com eleitores nessa campanha. O catarinense é muito bairrista.
Indulgência
Ato do Papa Francisco concedeu indulgência plenária – perdão temporário dos pecados – em vigor desde o dia 22 de maio e válida até 16 de dezembro deste ano – para os fiéis que visitarem o Santuário Santa Paulina, em Nova Trento, e cumprirem as exigências necessárias. Dentre elas fazer uma confissão individual rejeitando todos os pecados (basta uma para várias indulgências), receber a comunhão em participação de celebração no complexo religioso e rezar pelo Papa ao menos um Pai-nosso e uma Ave-Maria.
Sem monopólio (1)
A afirmação do Secretário Nacional de Portos, Diogo Piloni, de que a privatização do Porto de Itajaí deve ocorrer ainda este ano, fez surgir algumas especulações no mercado em torno de quem deve explorar o terminal nos próximos 35 anos. A tendência natural seria de que a disputa se acirrasse entre a Maersk, que opera há mais de 20 anos no local via APM Terminals, ou a MSC, controladora da Portonave. Mas para evitar monopólios, uma das regras proíbe que as empresas que hoje operam nos grandes terminais próximos integrem algum consórcio para concorrer ao leilão. Assim, a APM Terminals deve perder a concessão, o que vem atraindo a atenção de empresas chinesas e árabes, que têm interesses comerciais na exploração de portos brasileiros.
Sem monopólio (2)
Na cidade já se questiona os impactos, já que a APM e terceirizadas se mobilizaram ao longo dos anos para construir toda infraestrutura necessária, em especial a de logística refrigerada. Com o fim da concessão, a Maersk, por exemplo, deixaria de escalar diretamente o porto catarinense, com inevitáveis consequências na empregabilidade na região. A companhia já sinalizou a possibilidade de mudar todos os seus serviços para o Porto de Itapoá, onde a Maersk detém 49% de participação acionária.
