A neotrentina Gertrudes Cadorim, freira da congregação das Irmãzinha da Imaculada Conceição e que nos últimos 15 anos dedicou sua vida no papel de acolhedora dos peregrinos e visitantes do Santuário Santa Paulina, faleceu sexta-feira, 23, a0s 90 anos de idade, dos quais 65 dedicados à vida religiosa.

As irmãs, padres, colaboradores e colaboradoras do Santuário lamentaram o falecimento da Irmã Gertrudes e enviaram condolências para toda a congregação e parentes.

“Sentimos muito seu falecimento. Ela foi uma pessoa muito iluminada e dedicada a Deus e no amor as pessoas. Era uma presença de esperança, com uma palavra de conforto a milhares de devotos que a ela se aproximavam. A conheci, quando entrei na congregação e foi minha formadora, que me ajudou a firmar minha vocação no seguimento a Jesus. Nossa profunda gratidão pelo seu testemunho vida e missão. Que ela, junto com Santa Paulina, olhe por todos nós, neste momento de dor e incertezas”,  manifestou a  Irmã Anna Tomelin, diretora do Santuário.

O período que a Gertrudes morou em Vígolo foi muito importante, pois vivenciou a beatificação, a canonização e a construção do Santuário Santa Paulina. Nos anos que trabalhou no santuário  vivenciou marcantes  experiências de histórias de fé e devoção.  Nos últimos anos da sua vida, morava na Casa de Oração Madre Paulina, no centro de Nova Trento.

Foto: Divulgação

Em entrevista para o site do Santuário Santa Paulina, em 2017, contou uma de suas experiências mais marcantes:

“Eu sempre dizia, dá um tijolinho para a construção do Santuário e tinha gente que dava dinheiro, R$ 2 ou R$ 5.  Quando iniciamos a campanha do “tijolinho” chegou um senhor muito pobre, até mim, na sacristia da capela Nossa Senhora de Lourdes, onde eu atuava. Ele carregava dois tijolos na mão e me disse: ‘Irmã, graças a Deus, consegui trazer dois tijolos ao invés de um’. Naquele momento eu fiquei muito emocionada, agradecida e juntos fizemos uma oração, eu praticamente chorando de emoção e ele perguntou o que estava acontecendo, eu respondi para ele: ‘O senhor foi muito generoso, o senhor é pobre, tem família, mas o senhor trouxe dois tijolos’. Esses dois tijolos eu guardei em um cantinho, até começar a obra do Santuário. Esse testemunho foi um testemunho simples de uma pessoa pobre, mas fez o máximo para ajudar na construção do Santuário. A partir deste fato me dei conta de que o projeto então estava só no início’’.

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