Louve-se os extremados esforços de centenas de neotrentinos que de forma totalmente voluntária se uniram para proporcionar, no último domingo, ao longo da Rua dos Imigrantes, um belo desfile cultural, histórico e artístico como parte da programação da 30ª Incanto Trentino e dos 132 anos de emancipação do município.
Sem que represente uma crítica negativa – pelo contrário, que sirva para tornar o evento ainda mais convidativo nas futuras edições -, é preciso que ele resgate o que parece que está sendo esquecido ou relegado a um segundo plano.
“O Trentino” ouviu de várias pessoas que estiveram no desfile e que gostaram muito, alguns questionamentos: porque não mais desfilam carros de boi, carroças puxadas por cavalos, carpinteiros e pedreiros com seus instrumentos de trabalho, por exemplo? O que impede que não se lembre dos antigos engenhos de açúcar e farinha que ao longo de décadas foram propulsores da economia do município?
A maioria dos que fizeram as observações tem um argumento forte e inquestionável: se aquelas manifestações que tanto marcaram a vida dos neotrentinos não forem relembradas numa parada como foi a de domingo, as novas gerações crescerão sem saber quase nada sobre as que as antecederam. É sempre bom lembrar um velho adágio: um povo sem memória é um povo sem história.