Repúdio à UFSC

Mais que esperada a reação e a condenação da UFSC por patrocinar, com o do dinheiro do contribuinte, um curso que tem como temática o “enfrentamento do agronegócio”. Quem acaba de se manifestar é o  influente Conselho das Federações Empresariais de SC (composto pelas Federações das Indústrias, Comércio, Agricultura, Transportes, das Associações Empresariais, das  Câmaras de Dirigentes Lojistas,  das Micro e Pequenas Empresas e Sebrae-SC) que emitiu nota repudiando “qualquer tentativa de transformar instituições de ensino, de todos os níveis, em instrumentos doutrinários de ideologias contrárias à livre iniciativa e ao setor produtivo”. Agronegócio que poderia ter a instituição como uma grande parceria. Pela contrário, em mais um gesto que demonstra arrogância, ela silencia. Lamentável. Sim, a liberdade de pensamento é fundamental para ensinar o valor do trabalho e do setor privado –que em boa parte do meio acadêmico parasitário é visto com certo desprezo e hostilidade –  para a construção de uma sociedade com mais empregos, renda e bem-estar social.

Exceção

A subseção da OAB de Jaraguá do Sul saiu na frente e se posicionou contra a seccional estadual (OAB-SC) se envolver no processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, que tanto demonstra  desejar e bancar a direção nacional da entidade. É a única subseção das 51 espalhadas por SC a se manifestar, por enquanto.

Intolerância

No que isso vai ajudar o catarinense ser mais indulgente, condescendente, benevolente e transigente, só o tempo dirá. Para todos os efeitos (ou nenhum), agora temos a lei estadual 18.151, sancionada pelo governador Carlos Moisés dia 2 passado, que institui a data de 6 de setembro como o Dia Estadual de Combate à Intolerância Ideológica em SC.

90 anos

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus está fazendo 90 anos de fundação em SC, e foi homenageada com sessão solene, esta semana, no Legislativo estadual, onde é representada pelos deputados Ismael dos Santos (PSD) e Kennedy Nunes (PTB). Está presente nos 295 municípios do Estado, com 2.800 templos.

Aqui e lá

O imenso lobby para manter privilégios – que os privilegiados  preferem qualificar como “conquistas” ou “direitos” , como férias de 60 dias, na reforma da previdência em SC – encontram parâmetro no Congresso, onde representantes de juízes e do Ministério Público rejeitaram a inclusão de suas carreiras na reforma administrativa federal, alegando “tecnicalidades”, entre elas de que a iniciativa deveria ser do procurador-geral da República e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). De rir para não chorar.

O herói

Imbituba tem seu herói desde anteontem, materializado em Jorginho, naturalizado italiano, personagem central da vitória do país que o adotou sobre a Espanha, anteontem, pela Eurocopa, convertendo um pênalti decisivo e fazendo a torcida no Wembley cair em completo delírio. O craque, agora com 28 anos, nunca jogou profissionalmente no Brasil. Está na Itália desde os 15 anos e foi convocado pela primeira vez em 2016.

Vontade de chorar

Este espaço compartilha com seus leitores o sentimento, difícil de qualificar e quantificar, mas que se resume a muita raiva e angústia, diante da perda, pelo covid-19, de muitos conhecidos e amigos próximos, enquanto vê desfilar, na CPI do Senado, depoimentos estarrecedores do quanto a corrupção se imiscuiu nos “negócios” bilionários de compra de vacinas dentro do governo Bolsonaro.  O estupor aumenta quando se pensa nas respostas para duas perguntas: Haverá justiça? Alguém será responsabilizado?

Desinformação

O Tribunal Regional Eleitoral de SC acaba de instituir o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação. Um grupo de representantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Agência Brasileira de Inteligência, Procuradoria Regional Eleitoral, OAB-SC) e Tribunal de Justiça vai monitorar a divulgação de qualquer desinformação que prejudique a imagem e a credibilidade da Justiça Eleitoral catarinense ou a realização das eleições no âmbito estadual, sugerindo pronta resposta. Ótimo.

Emissão filatélica

Os Correios fizeram esta semana uma emissão especial de selos, sobre as rendas brasileiras, um legado transmitido entre gerações e uma forma de perpetuar costumes, tradições e a própria história do Brasil. Destaca quatro tipos de renda, entre elas as de bilro, que ainda resiste no litoral catarinense, principalmente na Ilha de SC.

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