A Associação Redeh de Beneficiência Cristã, entidade privada com sede no município de Taió, no Alto Vale do Itajai, assumirá no próximo dia 1º de julho a gestão integral dos serviços do Hospital Imaculada Conceição, conforme processo licitatório lançado pela Prefeitura. A atividade principal da entidade é de atendimento hospitalar (exceto pronto-socorro) e unidades para atendimento a urgências.
Para ser habilitada, a organização teve que apresentar uma proposta inferior ao valor máximo estipulado pela Prefeitura, que foi de R$ 700 mil mensais. Findo o prazo, dia 9 passado, para eventuais contestações, não houve nenhuma. Assim, uma comissão, especialmente designada pelo Executivo, fez uma detalhada averiguação e concluiu que a proposta apresentada se enquadrou em todos as exigências do edital, abrindo caminho para sua homologação e assinatura do contrato.
O contrato prevê que organização social fará a gestão dos serviços de internação clínica, cirurgias eletivas, além do gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços da Unidade de Pronto Atendimento 24H (Urgência e Emergência), respeitando o mínimo de 70% das internações, que tem que ser destinadas ao SUS.
Confiança – A presença da Redeh é vista com muita confiança pela administração municipal. Assim que a organização social apareceu entre as interessadas na gestão do HIC, o prefeito Tiago Dalsasso foi até Taió, conhecer seu hospital e certificar-se de todos as informações possíveis.
Também buscou referencias em outras cidades de Santa Catarina onde a Redeh gerencia hospitais, como em Timbó, Itapema, Navegantes, Araranguá e São João Batista. Também gerencia as unidades de pronto atendimento (UPSs) de Porto Belo e Bombinhas. Tiago deu atenção especial à visita que fez ao hospital de São João Batista, onde o funcionamento tem tido boa repercussão na comunidade.
Também foi ver o funcionamento das UPSs, em Florianópolis, cujo modelo se assemelha ao que começa agora em Nova Trento. Outra referência do prefeito é um estudo do Tribunal de Contas do Estado, de 2017. Apontou que 20 dos melhores hospitais do Estado são gerenciados por organizações sociais.

Governo quer manter leitos
O governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, enviou mensagem ao prefeito Tiago Dalsasso comunicando de seu interesse de, finda a pandemia, não desativar 10 dos atuais 16 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), todos exclusivos para pacientes de covid-19, no Hospital Imaculada Conceição.
Tiago respondeu que se houver garantias de recursos para sua manutenção, a proposta tem seu aval. Para manutenção dos atuais 16 leitos de UTI o governo repassa mensalmente R$ 720 mil, que nem sempre cobrem tudo e a Prefeitura tem que completar. Só a equipe médica tem um custo mensal de R$ 594 mil. Outros custos se originam da compra ou aluguel de equipamentos.
Para o prefeito, a decisão da Secretaria de Estado da Saúde de se antecipar e já garantir que quer manter os 10 leitos deve-se ao histórico da atenção que Nova Trento dá à saúde de um modo geral e, especialmente, do zelo administrativo e operacional do Hospital Imaculada Conceição.
“Nova Trento se credenciou pelo seu histórico”, admite Tiago, já que outros municípios de Santa Catarina, que também ganharam leitos de UTI para pacientes de covid-19 já foram avisados que eles serão desativados assim que a pandemia terminar.




