Abastecimento

Gritantes falhas de planejamento resultam no que vem acontecendo no momento em Balneário Camboriú, e com jeito de ficar cada vez pior: por falta de água, aqueles enormes arranha-céus dos quais  a cidade tanto se orgulha, vem limitando as visitas. A continuar, a mesma restrição cairá sobre os próprios moradores. Por enquanto o estado é de atenção. Mas pode virar de ficção.

Foto: Divulgação


 

Esperando chineses

Raimundo Colombo e seu sucessor, Pinho Moreira, esperavam encerrar seus mandatos com notícia retumbante quanto a investimentos: a instalação de pelo menos uma das três montadoras chinesas que tinham feito contatos com o Estado. Os planos da Great Wall Motor Company, marca líder em utilitários-esportivos (SUV), em Joinville; da Geely, de automóveis, que chegou a receber oferta de uma área no porto de Imbituba; e a Sinotruk, com fábrica de caminhões, em Lages, estão mantidos, mas em banho-maria, que só tem esfriado.

Cardápio escolar

Sancionada pelo governador Carlos Moises, a lei estadual 17.682 dispõe sobre o cardápio da alimentação escolar. Deve ser fornecida conforme as preferências culinárias vinculadas à tradição e ao clima de cada região catarinense. A lei surgiu de projeto sugerido por estudantes de São Joaquim. Reclamaram que no inverno recebem iogurte e suco, que não aquecem o corpo. Pediram sua substituição, na estação fria, por café, chocolate quente ou sopa, por exemplo.

Caloteiro

Deveria ser um caso de estudo de processo e, quem sabe, uma tese no ramo do direito imobiliário com a rubrica “só no Brasil acontece isso”. Um proprietário de um imóvel em edifício residencial da Grande Florianópolis está há mais de 15 anos se recusando a pagar a taxa de condomínio. O mais incrível é que o caloteiro já conseguiu sustar cinco tentativas de leilão do imóvel na Justiça. Parece ficção, mas é caso verdadeiro e que envolve figura proeminente na sociedade.

Cartolagem

São os presidentes dos clubes de futebol quem mais incentivam a guerra de torcidas, quase sempre paga ganhar dinheiro com a falsa e já manjada polêmica. A exigência de torcida única no jogo entre o Atlético e o Hercílio Luz é um exemplo do momento. As duas torcidas são muito pacíficas.

Armas (1)

Pelo comportamento da mídia nacional, pareceu o fim do mundo a assinatura do decreto, pelo presidente Jair Bolsonaro, que flexibiliza o acesso, compra e posse de armas no país. Foi uma de suas maiores promessas de campanha! Parece falta de assunto.

Armas 2

A propósito, é evidente que a posse de arma por qualquer pessoa reduzirá as apavorantes estatísticas sobre homicídios no país. Mas há um diferencial: abrem-se chances maiores de permuta do defunto. Mais bandidos vão morrer no lugar de vítimas inocentes deles. Só por isso o decreto já tem algum valor.

Mau gosto

Nunca, em tempos recentes, a música brasileira foi tomada de assalto por tanto mau gosto. O maior sucesso do momento se chama “Jenifer”, entoada por Gabriel Diniz. A letra, infame, não precisa receber publicidade, aqui. Não vale à pena. Mas esse lixo do lixo tem no momento 95 milhões de reproduções no YouTube.

Habilitação

Em decisão unânime e incomum, a 6ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de SC negou pedido de um trabalhador para que fosse  apreendida a carteira de motorista de empresário de Chapecó, a fim de pressioná-lo, como ex-patrão, a quitar uma dívida trabalhista de R$ 4 mil, da qual não cabe mais recurso. Deliberou-se que a medida extrapola limites legais.

Arte

O Museu de Arte de SC, em Florianópolis, registra centenas de visitas diárias, de turistas principalmente. Há várias exposições abertas no momento, dentre elas, até 3 de fevereiro, da consagrada artista mineira, conhecida mundialmente, Beatriz Milhazes. Sua mostra é composta por nove serigrafias e mais três obras de técnica mista, todas originais.

 Intervenção

O Caminho de Santa Paulina, rota de 64 quilômetros entre Camboriú e Nova Trento, seria uma trilha de peregrinação, dentre poucas outras, culturais e ecológicas, que se beneficiariam se passar projeto de lei do deputado federal Paulo Teixeira (PT – SP) que torna obrigatória a existência de faixa de terra segura ao longo dos percursos, quando reconhecidos pelo poder público, como é o caso. O receio é que com tanta intervenção, se inviabilizem, embora seja nobre a intenção, que é evitar sua descaracterização, em particular pelo asfaltamento.

 

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