Fabiano com o seu professor orientador. Foto: Divulgação.

Diariamente consumimos água em nossas residências para variados tipos de atividades, como banho, alimentação, limpeza e higiene. A água utilizada para isso foi tratada especialmente para o consumo.

Mas o que acontece com as águas que se escoam pelo ralo do banheiro, pela cuba do lavatório ou pelo vaso sanitário? Conhecido com esgoto, essa mistura de água com componentes sólidos (fezes) e líquidos (urina) é tratada e devolvida ao meio ambiente ou até mesmo reutilizada.

O tratamento de esgoto é uma medida do saneamento básico tendo como objetivo a purificação da água antes de ser devolvida à natureza. Para isso, existem duas maneiras de se tratar o esgoto, que são elas: o tratamento coletivo e o tratamento individual.

No tratamento coletivo, o esgoto é coletado das edificações por tubulações que conduzem até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde é passado por grades, reatores anaeróbios, lagoas, decantadores, floculadores e filtros, que fazem a limpeza da água, na qual é lançada no corpo receptor (geralmente o rio). Já no tratamento individual, cada residência ou comércio faz a purificação do seu esgoto por meio de fossas e filtros.

Prejuízos

A falta de tratamento de esgoto gera prejuízos para a sociedade. Dentre os prejuízos, o principal são as doenças. Cólera, diarreia, esquistossomose, amebíase são algumas das doenças acarretadas pela falta de saneamento.

No ano de 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a alarmante informação de que a cada um dólar investido em saneamento básico, são economizados 4,3 dólares em saúde. Além das doenças, têm-se outros prejuízos como a desvalorização econômica (imobiliária e turismo), improdutividade da região e má qualidade dos recursos hídricos.

No ano de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório sobre uma avaliação global dos serviços de saneamento básico. O relatório ainda apresenta que cerca de 892 milhões de pessoas defecam ao ar livre. Esse número cresce paralelamente ao crescimento populacional na África e na Oceania.


Segundo a entidade, seis em cada dez pessoas no mundo não possuem saneamento seguro.

No Brasil, o Instituto Trata Brasil, que é uma organização formado por empresas com interesses nos avanços de saneamento básico, apresenta que 44,92% do esgoto do país é tratado. De acordo com o órgão, o estado de Santa Catarina possui apenas 26,99% do esgoto e tratado.

Nova Trento

Na cidade de Nova Trento, o esgoto é tratado de forma individual, por meio de fossas e filtros. Para a construção de um imóvel, é exigido pela Prefeitura Municipal a aprovação do projeto hidrossanitário na Vigilância Sanitária, feito por profissional habilitado.

Pode-se concluir que o tratamento de esgoto é importante para a sociedade, sendo nos meios econômicos e na qualidade de vida da população. Em um país com tantos problemas para serem resolvidos pelo poder público, esse seria apenas mais um na lista. Porém, se pudesse deixar aqui uma dica, certamente seria de pensar de maneira mais rigorosa nos investimentos em saneamento básico e tratamento de esgoto.

Por Fabiano Fontanelli, acadêmico do Centro Universitário de Brusque / Orientação: Professor mestre Márcio Cardoso.

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