A manutenção da variedade dos dialetos trentinos foi a pauta de um encontro virtual, terça-feira, 30, entre o presidente do Centro de Memória, História e Patrimônio de Nova Trento, Juliano Martins Mazzola, com a superintendente de Bens Culturais da Província de Trento, na Itália, Ligia Floss, e que contou também com a participação de outras pessoas ligadas à Biblioteca Comunale de Altopiano Della Vigolana, na mesma província.
O encontro deu continuidade ao pacto de amizade que Nova Trento e Altopiano della Vigolana tem desde 2017 e que sofreu uma interrupção devido à pandemia de covid-19. Em julho passado houve novos entendimentos em um encontro virtual em que se debateu a Mostra Il Viaggio di Amabile, alusiva ao Dia de Santa Paulina, 9 de julho, e a vinda de uma delegação de Altopiano della Vigolana para Nova Trento no mês de novembro deste ano.
Altopiano della Vigolana fica 20 quilômetros distante de Trento e tem 4.960 habitantes. É um município formado pelos povoados de Bosentino, Centa S. Nicolò, Vattaro e Vigolo Vattaro. Este último foi onde nasceu Santa Paulina.
Conforme Juliano Mazzola, há uma preocupação dos italianos quanto à manutenção dos vários dialetos trentinos falados no Brasil, como em Nova Trento. O receio é que eles desapareçam. Se quer não só quantificar sua variedade, como também seu resgate, para que sejam preservados.
Parque florestal – Na visita dos italianos em novembro serão dadas mais informações sobre outra ação que Altopiano Della Vigolana qualifica como uma homenagem aos seus emigrados, especialmente para os neotrentinos. Na cidade está sendo reconstruído um parque florestal que foi destruído por uma tormenta há cinco anos. Cada árvore plantada ganhará uma placa com o sobrenome de famílias que emigraram para cá. A lista delad foi encaminhada há mais de um ano. O parque continua em obras e está programado para ser inaugurado em julho de 2023. O prefeito da cidade, Paolo Zanlucchi, já convidou o prefeito Tiago Dalsasso para o evento.
