Brumadinho

Engenheiros ligados à Associação Catarinense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Acest) lamentaram o desastre do rompimento da barragem de Brumadinho, sexta-feira, em Minas Gerais. Para o geólogo e engenheiro de segurança do trabalho Clóvis Savi, no episódio houve descaso no contexto da segurança da represa. “Essa tragédia é o resultado de não se ouvir a razão, a técnica e o conhecimento”, observou o engenheiro florestal e de segurança do trabalho Jackson Luiz Jarzynski. “Acabou a avaliação técnica baseada em normas consagradas, conceitos básicos e experiência do profissional; hoje só se faz política”, desabafou o engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, Wagner Gomes de Carvalho. Na noite de sexta-feira o Sistema Crea/Confea emitiu uma nota oficial reforçando a necessidade de discussão de alternativas e protocolos técnicos capazes de minimizar riscos sociais e ambientais, assim como políticas de licenciamento ambiental e de segurança das barragens.

Foto: Divulgação


 

Primeiro mês

“O Globo” fez ontem uma avalição do primeiro mês de seis dos 27 governadores que chegaram ao poder sem experiência prévia na política e que tem em comum o apoio ao presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno. Quanto a Carlos Moisés, de SC, destaca que exonerou 59 funcionários das chamadas Agências de Desenvolvimento Regional, mas fez 28 novas contratações dois dias depois. Ele também apresentou dois vetos polêmicos a projetos do Legislativo: se disse contra (depois voltou atrás, via decreto) a adoção do nome social para pessoas transexuais no funcionalismo público, e a divulgação obrigatória de sua agenda oficial. O jornal cita ainda o fato de a Secretaria da Casa Civil ter sido entregue a Douglas Borba, do Partido Progressista, uma das legendas mais implicadas na Lava-Jato.

Poder

A cinco dias da eleição para o comando do Senado, com o corrupto Renan Calheiros (MDB-AL) favorito, os concorrentes se movimentam. O senador Esperidião Amin (PP-SC) está atravessado com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que faz campanha para  Davi Acolumbre (DEM-AP) e alerta: “Se o governo perder, vai ganhar uma espécie de Eduardo Cunha”.

Liberdade de expressão

Sexta-feira passada, um dia depois de a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL) ganhar judicialmente no TJ-SC o direito de publicar em rede social postagem em que se coloca disponível para receber denúncias de alunos contra professores que eventualmente manifestem posições político-partidárias ou ideológicas capazes de humilhar ou ofender suas liberdades de crença e consciência, o Ministério Público Federal reagiu divulgando que foram integralmente acolhidos os termos da recomendação expedida pela Procuradoria da República em Chapecó, em outubro de 2018, às instituições de ensino superior e gerências de educação da região Oeste de SC para que se abstivessem de qualquer atuação ou sanção arbitrária e impedissem qualquer forma de assédio moral a professores, por parte de estudantes, familiares ou responsáveis. A recomendação atendeu representações recebidas pelo MPF noticiando que a deputada estaria conclamando estudantes a realizarem filmagens do que denomina “professores doutrinadores”. O inquérito civil contra a deputada foi sobrestado por 60 dias.

Em destaque

SC agora tem um dos cinco únicos pesquisadores de turismo de todo o Brasil com bolsa Nível 1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Trata-se do professor Francisco Antônio dos Anjos, da Univali, que alcançou o importante reconhecimento defendendo uma pesquisa sobre avaliação da governança do turismo de SC.

Crime de trânsito

Uma motorista e seu seguradora foram condenadas ao pagamento de indenização em favor da família de um ciclista de 51 anos acidentado e morto quando pedalava pela 3ª Avenida, em Balneário Camboriú, em fevereiro de 2012. O valor de R$ 70 mil será dividido entre a mulher e a filha da vítima, que ainda serão ressarcidas dos valores gastos com funeral e cremação do ciclista.

Concentração

O ministro da Cidadania, Cultura e Esporte, Osmar Terra, que é gaúcho, ordenou a regionalização do apoio da Lei Rouanet por parte de grandes empresas estatais, como Petrobras, Eletrobras e BNDES. Dados de 2017 apontam que São Paulo levou 46% do total dos recursos  e o Rio de Janeiro outros 22%. Para os demais Estados, inclusive SC, migalhas.

Derrocada

Com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, mais de 80% das empresas deixaram de fazer seus pagamentos. Na região de Tubarão, das 700 que faziam sua contribuição normal para as respectivas entidades patronais, só restam 22 no momento. Há  sindicatos que podem encerrar atividades.

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