Contradição

Em algumas cidades de SC, como Florianópolis, não foram autorizados espetáculos pirotécnicos com estampido no reveillon. Mas ao mesmo tempo, no mesmo local das festividades, houve shows musicais onde o volume de decibéis ultrapassou em muito os limites toleráveis para qualquer ouvido.

Foto: Divulgação


 

Geografia ministerial

Não é o local de nascimento das pessoas um fator determinante para que representem politicamente suas cidades ou Estados no poder central do país. Mesmo assim não deixa de chamar a atenção o fato de entre os 22 ministérios de Bolsonaro não haver nenhum titular do Nordeste e Norte e nenhum catarinense, contra a presença de quatro gaúchos e quatro paranaenses. Isso tudo considerando que no primeiro turno Bolsonaro ter obtido em SC sua maior vitória proporcional no país e, no segundo, ter ficado atrás apenas do Acre.

Conflito

O catarinense Jorge Seif Júnior, a partir de hoje no cargo de secretário nacional da Pesca, pode ser um dos primeiros motivos de conflito de interesses no governo Bolsonaro. No próprio órgão se questiona o fato dele ser filho de Jorge Seif, dono da empresa JS Pescados, que opera com navios industriais.

Continuísmo

O grupo de transição do governador Carlos Moisés vivenciou alguns momentos constrangedores. Um, memorável, teve como personagens o algo escalão da Secretaria da Segurança Pública, a quem, imediatamente após a eleição no segundo turno, foi solicitada uma radiografia geral, incluindo o número de cargos comissionados. A SSP atendeu o pedido, mas com nomes definidos para os postos do andar de cima, praticamente todos os que já os já estavam lá até os últimos dias do governo anterior. E todos com vínculos políticos diretos e indiretos com o MDB.

Despedidas

Catarinenses de nascimento mas com vida política fora de SC, fizeram discursos de despedida do Senado: Vanessa Grazziotin (PCdoB do Amazonas), natural de Videira; Valdir Raupp (MDB), nascido em São João do Sul, e Ivo Cassol (PR), natural de Concórdia, representantes de Rondônia. O traço em comum do trio é a derrota pela reeleição nas eleições de 2018 e ter vários processos na Justiça, por diferentes motivos.

Banca

O desembargador aposentado Lédio Rosa, que foi candidato ao Senado pelo PT de SC, segue na lida jurídica como sócio dos conhecidos advogados Roberto Podval e Aroldo Camilo. Atuarão no circuito SC-Brasília-São Paulo. A notoriedade de Podval se tornou mais visível como defensor do ex-ministro José Dirceu.

Luto

As artes catarinenses estão de luto com a morte de um de suas personagens mais marcantes, Antônio Garcia Mir, aos 68 anos, dia 22, em Itajaí, vítima de parada cardíaca. Espanhol que se mudou para Joinville aos 8 anos de idade, notabilizou-se ainda jovem por participar, aos 23 anos, da Bienal de São Paulo. Há 10 anos teve que abandonar as telas e pincéis após ter seus movimentos dificultados por rompimento intestinal. Depois de 58 dias na UTI, passou a se locomover em cadeira de rodas. Deixa entre amigos e no meio artístico a imagem de um homem extremamente expansivo e alegre. “Loco si, pero no tonto” (Louco sim, porém não tolo), fazia questão de lembrar.

Bobagem

Vaidades, vaidades. Em vários municípios de SC suas câmaras de vereadores decidiram competir com Carlos Moisés e Jair Bolsonaro, realizando, ontem, pomposas sessões solenes para posse de suas novas mesas diretoras.

Farinha de arroz

Nos estertores de sua gestão, Pinho Moreira vetou integralmente projeto de origem legislativa que propunha reduzir o ICMS sobre a farinha de arroz que compusesse a cesta básica de SC. Justificou que o projeto contraria interesse público, por implicar a renúncia de receita e pelo fato de o consumo daquele produto não ser um hábito entre nós.

“Família” alvinegra

Após um intervalo, famílias voltam ao comando do Figueirense, se para o bem ou mal o tempo dirá, ou está dizendo. Em anos recentes passaram pelo comando do clube a família Prisco Paraíso (Paulo, seu filho e um sobrinho), os Brillinger (Wilfredo e filhos) e agora Murilo Flores, levado pelo genro, Fernando Kleimann, diretor de marketing. As sucessivas “heranças” financeiras estão à mostra: as dívidas atuais do clube batem os R$ 80 milhões. Desse mal também padeceu o Avaí. Quando Zunino foi seu presidente por anos, quem dava ordens era seu filho, Sandro. E as dívidas do clube igualmente são de dezenas de milhões.

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