CPI da ponte
Há mais de 30 anos se ouve falar da “indústria” (que já levou mais de R$ 600 milhões) da restauração da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, mas nunca isso se traduziu na criação e instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. Qual seria o motivo? O que se sabe é que desde 1982 ela realizou o sonho de várias pessoas, que se tornaram milionárias. E a ponte continua lá, impávida, interditada.
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Mais confiança
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de SC passou de 67 para 68,5 pontos (em uma escala até 100), em janeiro, ante 64,7 na média nacional. Desde setembro acumula crescimento de 14,8 pontos e 11,8 no restante do país. Em tempos recentes os empresários de SC nunca iniciaram um novo ano com tanto otimismo. Que deve resultar em ampliação das produções, investimentos, mais empregos e crescimento geral da economia. E isso é muito bom. Chega de tanto sofrimento.
Voto secreto
Continua ensurdecedor o silencio do senador Dario Berger (MDB-SC) quanto à forma do voto – aberto ou fechado – na eleição da mesa diretora do Senado, amanhã, que tem o notável corrupto Renan Calheiros (MDB-AL) como favorito à presidência da Casa. Esperidião Amin (PP-SC), pré-candidato, e Jorginho Mello (PR-SC), senadores eleitos por SC, subscreveram uma lista pedindo o voto aberto.
Conexões 1
Desde 1997, apurou-se que em pelo menos 10 assembleias legislativas houve casos de contratação de servidores fantasmas e repasses de parte do salário deles a deputados estaduais. Nunca se soube nada em relação ao Legislativo catarinense. Mas há quem tem certeza e provas – mas não quer se comprometer – de que a prática existe. E desde sempre. E sempre discretíssima, como convém.
Conexões 2
O responsável por este espaço testemunhou, mais de uma vez, conversas de candidatos em tempos de campanha prometendo emprego aos seus cabos eleitorais mais dedicados. O compromisso, se fossem eleitos a deputado estadual, por exemplo, era “arrumar um emprego na Assembleia Legislativa”. Em uma oportunidade ouviu dizer que “nem precisa ir lá´”. Nesses tempos de Lava Jato e Flávios Bolsonaros, ninguém ousa dizer isso nem em pensamento.
Crise braba
Ao contrário de anos anteriores, as trocentas casas noturnas que surgem a cada verão na Ilha de SC, e já evaporam em março, não estão se dando nada bem nesta temporada. Algumas só abrem de sexta a domingo e ainda assim, reclamam seus donos e gerentes, tem que se conformar com frequentadores que pagam ingresso, até sem reclamar, mas uma vez lá dentro só bebem água
Segurança
Seguro morreu de velho. Se pensa assim também no Judiciário estadual que para aumentar a segurança em audiências e sessões dos tribunais do júri acaba de comprar dois detectores de metais portáteis, movidos à bateria e de fácil transporte. O primeiro teste foi terça-feira, em Florianópolis, em julgamento que envolveu dois supostos integrantes de organização criminosa. Todas as pessoas que assistiram a sessão passaram pelo dispositivo.
Como é possível?
É de se perguntar: como foi possível a construção livre (com que licenças?) de uma residência, durante semanas de serviço, sobre a faixa de praia na bela Lagoa da Conceição, em Florianópolis? Certeza na impunidade acobertada por autoridades corruptas, certamente. Sua proprietária finalmente foi condenada a demolir a edificação e fazer a recuperação ambiental da área que degradou.
Falta autoridade
Espantoso! Desde o dia 2 de janeiro, foram apreendidos 2.300 celulares nos presídios do Ceará, que está sendo devastado por centenas de ataques de criminosos. O que fazia ou faz aquele governador de lá, que se reelegeu com cerca de 70% dos votos?
Trilhos
A Comissão de Infraestrutura do Congresso Nacional iniciará os trabalhos do ano com a discussão de um projeto que permite à iniciativa privada a construção e a operação de suas próprias ferrovias. Propõe, com base em modelo norte-americano, que se dê por autorização, em que o governo primeiro fará uma chamada pública de interessados. A competição entre empresas explorando a mesma região geográfica está prevista como forma de incentivar a competição e a modicidade dos preços. Dentro desta perspectiva é que podem ser viabilizados, por exemplo, os projetos das Ferrovias Litorânea (entre Imbituba e o porto de São Francisco do Sul) e a do Frango, ligando Dionísio Cerqueira, no extremo-oeste, ao Litoral, com troncos, a partir de Alfredo Wagner, aos portos de Imbituba e Itajai.
