Nova Trento já teve carnavais memoráveis, não só com concorridos bailes nos clubes sociais, que até competiam  entre si para ver quem atraísse mais gente – com a grande maioria dos foliões fantasiados – como também blocos, incluindo desfiles nas ruas da cidade. Por diferentes motivos, a festa foi se perdendo, mas não completamente.

Uma das raras resistências é representada pelo bloco Cueca Fest, surgido em 2002. Mas a ideia nasceu um ano antes, após uma festa realizada entre uma turma que estudava no colégio Francisco Mazzola. Turma que gostava do agito carnavalesco mas não encontrava o “palco” e a animação desejada.

O nome pegou, de cara, por motivos óbvios: só compareceram meninos, mal saídos da adolescência. Desde então o bloco ressurge todo ano, organizado, com direito a uma vistosa camiseta verde flúor estampada pela sua logomarca, um boneco.

A estampa da camiseta sempre tem alguma modificação no boneco ou no desenho de fundo, com a intenção de retratar algo que está acontecendo no ano e que tem atenções gerais. Por exemplo, a camiseta de 2022 teve um tom de solidariedade internacional: veio com as cores da bandeira da Ucrânia, país que enfrenta cruel guerra contra um invasor, a Rússia. Na deste ano o boneco comparece com uma coroa tatuada na perna, para lembrar a morte do rei Pelé.

Para entrar no bloco basta conhecer algum integrante e conversar com a organização, coordenada por Bruno Costa, com auxílio de outros membros. Em média participam 50 pessoas. Uma vez aceito, o integrante, mediante pagamento de uma taxa de contribuição igual para todos, irá encontrar open bar com cerveja e destilados e, eventualmente, uma carne assada.

O casal Bruno Costa e Magda Costa coordenam, respectivamente, os blocos que criaram, o Cueca Fest e o Calcinha Fest. Seu símbolo e logomarca é um boneco, de camiseta verde-flúor. 

O bloco já passou por diversos lugares, e agora sedia a comemoração em  um sítio no bairro Mato Queimado. Desde o término dos bailes nas sociedades neotrentinas o Cueca Fest contrata bandas para animar suas festas. Neste serão duas neste sábado e duas no domingo.

Ao longo de 20 anos, o bloco criou curiosidade. Duas delas: Luiz Gandin e Marcos Merizio são os membros mais antigos, participando de todas, sem falta; virou tradição o bloco se reunir 30 dias antes do Carnaval, todas as quintas feiras,  no Coreto Municipal, para o “cuba na praça”.

Calcinha Fest – No decorrer do tempo, as mulheres – namoradas, noivas e esposas – dos integrantes do Cueca Fest, começaram a reclamar da “exclusão” e elas resolveram fundar o seu bloco, O Calcinha Fest, em 2007, comandado por Magda Valle Costa. Inicialmente era só entre elas. Em 2013 os dois blocos começaram a fazer seus encontros no mesmo local e seguem até hoje.  A camiseta rosa com estampa de drinks é sua marca. Tem em média 20 participantes por edição.



Serata Esquenta –
De parte do poder público, há também um esforço. No domingo passado, 12, por iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo e Conselho Municipal de Cultura,  aconteceu o Serata Esquenta de Carnaval, das 16 às 20 horas, na Praça Getúlio Vargas. Por ser a primeira edição, superou as expectativas. Um atrativo foi a Mica e Amigos, com repertório de músicas carnavalescas e sucessos da MPB nacional.

 

 

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