Decisão pensada

A decisão de manter suspenso o retorno às aulas presenciais na rede pública e privada de SC até 12 de outubro foi muito bem pensada. Surgiu de parecer de cinco grupos de trabalho, reunindo integrantes dos setores de educação e saúde, além das creches privadas, escolas públicas e governo do Estado, contendo 49 medidas necessárias.

Flagra em Brasilia

Não se fala de outro assunto em Concórdia, onde nasceu há 52 anos, de tradicionalíssima família local, que não seja do advogado Fernando de Magalhães Furlan, graduado servidor do Supremo Tribunal Federal, flagrado furtando cones de um condomínio de luxo, sábado, em Brasília. Depôs segunda-feira numa delegacia de polícia. Com salário bruto de mais de R$ 25 mil, poderia comprar, com tal quantia, mais de 400 cones. Furlan foi ministro do Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff e presidente do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). Por causa disso o caso provocou furor na Esplanada dos Ministérios. Os cones foram devolvidos.

Menos vereadores

Tomara que não fique apenas no exemplo o que está sendo decidido em Tubarão. Seu Legislativo aprovou, em primeira votação, segunda-feira, a redução do número de vereadores, de 17 para 15, a partir de 2021. Aprovação por ampla maioria: 15 a favor e duas abstenções, do PT e PL.

Momento de ajudar

Louvável o que começou a fazer a UFSC esta semana: pagar auxílios para acesso à internet para mais de 1.300 estudantes que fizeram o registro prévio. Receberão R$ 100 mensais. As solicitações de computadores também estão sendo processadas. Até o dia 20 passado, 1.377 estudantes solicitaram equipamentos.

Deixe-me fora

Qual motivo que estava levando deputados da comissão que vai decidir se encaminhará ao plenário da Assembleia Legislativa a proposta de afastamento do cargo do governador Carlos Moisés a manifestar, antecipadamente, não desejar sua presidência? Sabem que seja qual for o resultado, terão que aguentar consequências, de todo tipo.

Inconstitucional

Se a Policia Militar de SC pretende contratar militares temporários, que não perca mais tempo no assunto. O Supremo Tribunal Federal acaba de considerar inconstitucional uma lei estadual do Rio Grande do Sul com a mesma intenção. Para a ministra Cármen Lúcia, as normas federais sobre a matéria não preveem a possibilidade de contratação temporária de PMs.

Puxando sardinha

No sonhado projeto da Rota Bioceânica, um corredor rodoviário entre os portos brasileiros no Atlâtico e chilenos no Pacífico, o então governador e senador Luiz Henrique da Silveira, um de seus mentores desde os anos 1990, sempre incluía São Francisco do Sul e Itajai. Ontem, em seminário virtual da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), ignorou o detalhe, informando que o traçado vai de Santos (SP) a Antofagasta (Chile). No Brasil a rota passa também por Porto Murtinho, não por coincidência base eleitoral do senador. É cidade fronteiriça às margens do Rio Paraguai, com acesso fluvial até a bacia do Rio da Prata.

Engajado

Morreu ontem o conhecido jornalista e ativista ambiental Washington Novaes. Sua última visita a SC foi em 2012, para uma palestra no Tribunal de Contas, em Florianópolis, quando elogiou a instituição por reduzir o consumo de materiais de expediente e se preocupar com a sustentabilidade ambiental, como a lavação a seco dos carros da sua frota e erguer um novo prédio seguindo o conceito de construção verde (“green building”), que traz vantagens ambientais e econômicas.

“Investimento”

Dias atrás, quando foi bombardeada pelos oito anos de atraso, até agora, na implantação do Contorno Viário de Florianópolis (agora prometido para 2023), a Arteris, concessionária da BR 101, pagou texto de uma página em publicação da Capital dizendo que após 12 anos de concessão já investiu R$ 3,5 bilhões na rodovia em SC. Acredite se quiser.

Vergonha

É uma vergonha para todos nós, brasileiros, diante do mundo. Um ministro, como é Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União – como chegou lá é outra história – foi denunciado, ontem, por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Recebeu R$ 3 milhões para não ouvir denunciados na CPI da Petrobras, que ele presidia no Congresso, quando senador.

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