Demissão na Santur

Em meio a um processo agudo de gestão de crise, o governador Moises mexeu na direção da Santur. Flavia Didomenico, que vinha recebendo elogios pelo seu desempenho, saiu atirando. Postou depoimento em rede social dizendo que “era uma vez uma mulher, a primeira que foi convidada, a assumir um cargo de liderança para transformar o turismo de SC, que todos os dias demonstrava vontade e garra para ir trabalhar, decidida a promover a mudança tão necessária para posicionar o turismo como uma atividade protagonista da economia”. Acrescenta que todos os dias, ao mesmo tempo que teve a companha de pessoas que compartilharam a mesma vontade, a sua  foi “confrontada pelos vícios e mazelas de um cenário repleto de artimanhas negativas, pelo machismo, pelo deboche, corrupção, pessoas oportunistas e cínicas”. Finaliza dizendo que até recebeu diversas ameaças.

Foto: Divulgação

Ação rápida

Houve um momento de alegria na Câmara dos Deputados, anteontem, quando a deputada federal catarinense Carmen Zanotto (Cidadania), que é relatora da comissão externa do Congresso Nacional que analisa ações contra o coronavírus, teve votado, por voto de lideranças partidárias, projeto seu, de 2019, que chegou em momento oportuno e porque não dizer excepcional. A proposta, que agora vai para o Senado, que deve referendá-lo imediatamente, autoriza os gestores públicos estaduais e municipais a utilizar os saldos de ações em saúde para o combate à pandemia.  São recursos não comprometidos, excedentes que estão parados em contas e fundos governamentais, para custeio, investimentos e obras, repassados de acordo com necessidades. Carmen, que é enfermeira de profissão, estima que o montante disponível pode chegar a R$ 6 bilhões.

Negócios à parte

Aliado número de Jair Bolsonaro na classe empresarial nacional, Luciano Hang volta a se comunicar nas redes sociais depois de, semana passada, pedir paz e bandeira branca nas manifestações de domingo, que não queria que acontecessem. Agora exprimiu certo desencanto com a atitude do presidente que não deu trela nenhuma a seu conselho e foi ao encontro de manifestantes a favor do governo, diante do Palácio do Planalto, domingo, em Brasília, quebrando protocolos sanitários devido ao coronavírus. O empresário confessa que já foi bem mais animado com os rumos da economia no atual governo. Tinha projetado abrir 25 lojas neste ano.  Está em cinco e revendo as demais programadas.

Apoio

O deputado federal Rodrigo Coelho (PSB-SC) é autor de um projeto de lei, dentre outros cinco, na Câmara dos Deputados, para que os imorais R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral  e mais os R$ 1 bilhão do  Fundo Partidário, sejam destinados em ações de combate ao coronavírus. Justo. Tudo indica que a campanha municipal desse ano, por reflexo do Covid-19, não terá comícios, gravações em ambientes fechados e, principalmente, o corpo-a-corpo de candidatos com eleitores.

Merecem a liberdade?

O presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, está recomendando aos tribunais e juízes estabelecer regras para diminuir o risco de contágio pelo coronavírus em presídios. Pergunta que não quer calar: os que roubaram bilhões e estão presos pela Operação Lava Jato, merecem a liberdade? Sabe-se (e é impublicável, aqui) o  que milhões de brasileiros desejam que aconteça a eles.

Teletrabalho

Mais de 60 gabinetes de senadores — de um total de 81 — já trabalham em esquema de teletrabalho ou plantão. Dário Berger (MDB-SC) colocou sua equipe em revezamento.  Esperidião Amim (PP-SC) decidiu ficar em casa, em Florianópolis, até saber o resultado do exame do coronavírus que fez no último sábado. No seu caso, os servidores em risco estão como ele, em teletrabalho.

Irresponsabilidade

Dá raiva ver como muitos não cooperam com as medidas maciçamente propagadas pelas mídias para conter a dramática disseminação do coronavírus. Por ignorância ou egoísmo, entopem supermercados, lotam praias e bares, fazendo pouco caso, quando não debochando das orientações de autoridades sanitárias. O que essa gente merece?

Punição exemplar

É em momentos assim, quando se clama por solidariedade, já que a pandemia não escolhe suas vítimas quanto à sua condição social, religião, cor ou outro parâmetro, que aparecem abutres no comércio, aumentando o preço dos produtos. O melhor a fazer é denunciá-los, com provas contundentes e, se condenados, que tenham seus nomes exibidos publicamente.  É o mínimo que merecem.

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