Foto: Divulgação.

Depois de dois anos e tido como eliminado de Nova Trento, o caramujo africano acaba de reaparecer nos mesmos bairros de 2021, Cascata e Trinta Réis. A “redescoberta” foi repassada por moradores nesta semana à Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente e para o escritório local da Epagri. O tipo reencontrado é o gigante, considerado de grau de infestação alto.

Como na primeira ocorrência, há sete anos, e a segunda, em 2021, o engenheiro agrônomo da Epagri, Victor Alisson Gomes,  acha que o molusco chegou em Nova Trento dentro ou atracado em vasos de plantas ou com seus ovos misturados em sacos e vasos de humus, como também em terras soltas. Um molusco desta variedade, que é hermafrodita (tem dois sexos) é capaz de produzir, em seu ciclo de vida, cerca de 400 ovos.

Devido aos altos riscos à saúde humana se houver contato, de imediato os proprietários dos dois terrenos onde os animais foram encontrados receberam orientações de como fazer a limpeza,  retirando os entulhos e fazendo corte na vegetação, para imediata esterilização com cal virgem em toda sua extensão.

Recomendação – A ação de vigilância deste caramujo é para que a população saiba identificar e lidar com ele, considerado uma praga agrícola, com risco à saúde humana.  É um hospedeiro de parasitas que podem causar meningite e, junto com esta, degeneração do sistema nervoso, causando inclusive a morte. Sua eliminação incorreta pode resultar em outros tipos de problemas, como a proliferação de mosquitos e do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A principal recomendação é que não se deve pegar os animais diretamente  com as mãos, sem o uso de luvas descartáveis, pois a contaminação se dá através do muco.  Também jamais deve ser consumido.  Para evitar sua proliferação, a recomendação é manter os lotes sempre limpos, roçados e sem entulhos. O controle químico deve ser sempre a última alternativa. Uma forma mecânica é atrair o caramujo para um local específico molhando um tecido com cerveja ou leite no início da noite, e deixar o pano úmido nos locais de ocorrência. O caramujo será atraído pelo cheiro. Desta forma fica mais fácil a captura e eliminação.

 Um alerta necessário: não utilizar sal, pois além de prejudicar o solo, os animais mortos (conchas) vão servir de criadouros para mosquitos ou moscas.  Em caso de dúvida sobre qual tipo de caramujo encontrado,  entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para que possa ser feita a correta identificação. Os telefones são (48) 3267-3280 e (48) 99185-1990.

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