Desperdício bilionário

O portal do Senado publicou ontem que o Brasil tem mais de 14 mil obras públicas inacabadas, 40 delas em SC. São escolas, hospitais, pontes, praças, estradas, ciclovias, quadras esportivas, mercados públicos, abrigos, casas populares, aterros sanitários, sistemas de saneamento e urbanização, terminais de passageiros e uma infinidade de outros empreendimentos esquecidos num limbo aparentemente insuperável e incrivelmente dispendioso. O que espanta: se houvesse uma rubrica específica no Orçamento para cobrir as despesas com tais obras, a dotação seria maior do que toda a verba dos Ministérios da Educação (R$ 113,7 bilhões) e da Defesa (R$ 112,6 bilhões). Socorro

Entre as melhores

A Universidade de Brasília (UnB) é a quinta melhor universidade federal do país, conforme dados do QS World University Rankings, um dos mais renomados rankings internacionais, divulgados anteontem, em sua 19ª edição. O título de melhor universidade brasileira continua sendo da Universidade de São Paulo (USP). Nossa UFSC está em um honroso 9º lugar.

Homenagens (1)

O plenário do Senado aprovou quinta-feira projeto que denomina o trecho da rodovia BR-282 localizado entre o trevo do distrito de Índios (Km 207,6) e o trevo da BR-116 (Km 223,0), ambos em Lages, como ‘Rodovia Ulysses Guimarães – Trecho José Paschoal Baggio’. De autoria da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), o texto agora segue para sanção presidencial. Jornalista, falecido em 2001, Baggio foi fundador da Associação dos Diários do Interior de SC (Adjori-SC) e notável empreendedor serrano.

Homenagens (2)

No mesmo dia e da mesma autora, foi aprovado  projeto para nomear “Rodovia Ulysses Guimarães – Travessia Urbana Renato Nunes de Oliveira” trecho urbano da BR-282 em Lages. Renato foi prefeito do município, morto em 2015.

Parâmetro

A prática de ato libidinoso com menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável e não importunação sexual. Assim decidiu o Superior Tribunal de Justiça em recurso do Ministério Público de SC, contra decisão do TJ-SC que havia decidido o inverso.  No julgamento desta semana a condenação foi restabelecida. A propósito, o recurso catarinense foi um dos escolhidos pelo STJ como paradigma de controvérsia que não se resolvia há muito tempo. Em razão disso, todos os processos do país que tinham o mesmo objeto foram sobrestados e tiveram o trâmite paralisado até este julgamento. Agora, podem ser julgados tendo a nova decisão como parâmetro.

Colonialismo cultural

Aterrissou nos receptáculos desse espaço, para divulgação, um exemplar máximo do nosso colonialismo cultural. Segue:  “O Winter Play 2022 já tem data marcada. Será no feriado nos dias 16, 17, 18 e 19 de junho. Consagrado no calendário dos party lovers, o Winter Play é um weekend party conhecido por esquentar uma das épocas mais frias de Santa Catarina, o inverno. Durante essa charmosa estação do ano, com suas baixas temperaturas, a melhor festa do Brasil reúne em Jurerê Internacional formadores de opinião de vários cantos do país. Os players, convidados que adquirem os pacotes completos da experiência, não param um só minuto, prestigiando toda a programação que vai de Welcome Drink a Late Check Out com o ‘play apertado’ o tempo todo”. Pergunta que não quer calar: esse gente mora em que país?

Imortal

A coluna cometeu um engano de leitura e pede desculpas aos leitores. Nosso grande escritor barriga-verde Deonísio da Silva não será imortal da Academia Brasileira de Filologia, porque já está lá há algum tempo e até é seu vice-presidente. Hoje, aos 73 anos, professor federal aposentado, por 17 anos de vice-reitor da Universidade Estácio de Sá, jamais se candidatou a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, embora muitos amigos o tenham incentivado, como alguns falecidos (Lygia Fagundes Telles, Carlos Heitor Cony e Eduardo Portella) e outros que lá estão (Nélida Piñon e Carlos Nejar). Deonísio  tem dito que não vai se candidatar, porque tem “certas idiossincrasias”. Uma delas é não querer a companhia de certos membros da ABL: “Eles estão fora de lugar por lá.; é como se eu me candidatasse a uma academia de músicos, cineastas, atores. Não sou músico nem cineasta nem ator. Cada macaco no seu galho. O meu é o de Letras onde sou eleito”.

Aplauso

A Assembleia Legislativa passou a conceder moções de aplauso no atacado, ultimamente.  Nesta semana foram três em um só dia. Mas apesar dos elogios gerais, nenhum deputado lembrou de propor uma em favor da Polícia Rodoviária Federal de SC pela apreensão recorde em sua história, semana passada, em Joinville, de quase 600 quilos de cocaína, avaliada em R$ 100 milhões.

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