Elefante branco

Estuda-se a concessão para a iniciativa privada do ostentoso Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, na praia de Canasvieiras, em Florianópolis. O complexo, entregue em 2016, tem 17 mil metros m² em dois pavimentos e custou a bagatela de R$ 86 milhões. Desde então não passa de um elefante branco.

Obrigação, apenas

Pelo que se vê, se passarão anos, décadas talvez, para que as mulheres sejam convencidas a participar da política partidária. O que se observa no momento em todos os municípios de SC, dos maiores aos menores, onde estão ocorrendo convenções, é uma imensa dificuldade para que elas ocupem no mínimo, por exigência legal, 30% das candidaturas às câmaras de vereadores. E há uma muito perceptível, quase absoluta: são os maridos, noivos, companheiros, amantes e afins que não dão incentivo. Pelo contrário.

O foco

As eleições municipais deste ano atraem atenções especiais dos deputados federais não pelo discurso dos prefeitos, mas, sim, na montagem das chapas para saber como funcionará o pleito sem coligações proporcionais. Essa é a maior ferramenta da reforma política. Terá o pendor de fortalecer alguns partidos e minguar outros.

Conciliação

Após quatro anos de funcionamento, o Centro de Conciliação do Fórum Trabalhista de Florianópolis celebrou semana passada o acordo de número 10 mil. Devido à covid-19, a marca foi atingida em audiência realizada de forma remota, com a participação do juiz gestor de metas do TRT-SC, Roberto Masami Nakajo. O responsável por este espaço, que já teve ação tramitada por lá, reconhece seu valoroso trabalho, pela sensibilidade de seus juízes, extremamente preparados no poder de transformar conflitos incialmente insolúveis, tal o confronte belicoso das partes, em uma composição final pacífica.

Bomba suja

O consumidor lava um pouco a alma com a decisão do Tribuna de Justiça de SC de manter cancelada a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS de um posto de posto de combustível da Grande Florianópolis, flagrado na operação “Bomba Suja” quando comercializava gasolina comum escandalosamente adulterada. Merece ainda mais: cadeia e pesada indenização financeira por danos coletivos aos donos de veículos prejudicados com combustível ruim.

Vacinar ou não?

O Supremo Tribunal Federal vai decidir se pais podem deixar de vacinar seus filhos menores de idade tendo como fundamento convicções filosóficas, religiosas, morais e existenciais. Por unanimidade, os ministros da Corte reconheceram a existência de repercussão geral em recurso que trata da matéria. Não há previsão para que o caso seja colocado em pauta.

Amin x Bolsonaro

De Ascânio Seleme, em “O Globo”: “Está dando água a jogada da turma de Bolsonaro em SC para livrar a cara da fiel vice-governadora Daniela Reinehr do processo de impeachment em curso contra ela e o governador Carlos Moisés. Quem torpedeou a última estratégia bolsonarista foi o deputado estadual João Amin (PP), presidente da comissão especial que analisa o processo. João é filho de Espiridião e Ângela, ex-governador do Estado e ex-prefeita de Florianópolis. O que a patota de Bolsonaro queria era afastar o governador e colocar no seu lugar a vice. Amin abateu a manobra, por ora”.

Estupro

Para justificar a absolvição do empresário paulista André Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora digital Mari Ferrer, no Café de La Musique, na Ilha de SC, em dezembro de 2018, o juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, escreveu 51 páginas. Detalhe: Mari era virgem. A repercussão nas redes sociais continua enorme. A favor e contra a decisão.

Caixa preta

A propósito da possível instalação de uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, para apurar o monopólio do uso do silo do porto de São Francisco do Sul, continua se falando nas sombras do poder estadual que aquele terminal sempre foi e continua sendo uma caixa-preta. Talvez a CPI a abra e se saiba o que tanto nela estaria escondido.

Resiliência

A capacidade do catarinense se recobrar rapidamente (para isso está se usando cada vez mais a palavra resiliência) se confirma mais uma vez. SC, junto com o Distrito Federal, é a única unidade da federação em que o número de empregos com carteira assinada supera o dos auxílios emergenciais concedidos pelo governo federal.

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