Fim

Depois do tsunami de domingo, políticos derrotados começam a decidir o que será de suas vidas de agora em diante. O deputado federal Mauro Mariani (MDB), candidato a governador, está anunciando o encerramento de sua vida política. Outros deverão se manifestar. Não fizeram ainda por estarem atordoados com o recado do eleitor catarinense no último domingo.

Foto: Divulgação


 

Herança

O sonho daquele que foi um dos mais influentes empresários e políticos de SC (deputado federal e vereador) Diomício Freitas, se materializa. Seu neto, Daniel Freitas, empresário, do PSL, elegeu-se deputado federal com a segunda maior votação, de 142.571 votos.

Margem de erro

Roga-se aos institutos de pesquisa que fizeram vários levantamentos de intenções de voto em SC que na próxima eleição reformem suas metodologias, principalmente quanto à margem de erro, que neste ano ficou em 5% em quase todas elas. Uns 20% seria mais confiável e honesto. Os furos na eleição de domingo, tanto para governador como senador, foram muito além da conta.

Conselho

Alguns dos jovens deputados estaduais eleitos domingo para seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa não podem e nem devem esquecer o recado a eles dado por muitos eleitores: que assim que assumam, acabem com as “mamatas” (palavra muito usada por irados contribuintes) que tanto maculam a imagem do Parlamento estadual há décadas. Isso já aconteceu, em menor escala, na eleição de 2014 mas, como se constatou, todos os “novos” foram cooptados pelos velhos e arraigados hábitos dos veteranos. Resumo:  ninguém renuncia a privilégio nenhum.

Angico

O conhecido advogado Gley Sagaz conversou muito, ontem, com o senador eleito e seu amigo pessoal Esperidião Amin. Permitiu-se compará-lo ao angico, uma árvore nordestina que resiste às mais fortes intempéries, para explicar o motivo de seu êxito e de sua família (Ângela, sua mulher, eleita deputada federal e João, filho, reeleito deputado estadual), sobressaindo-se do terremoto de domingo. Gley não tem dúvida alguma que o fato de o trio ser ficha limpa contou muito para a resposta – e o reconhecimento – nas urnas.

Esperto

Comenta-se nas rodas a mais a esperta estratégia adotada pelo agora senador eleito Jorginho Mello (PR). Sabendo que Esperidião Amin estava virtualmente eleito, pediu o segundo voto para si, mensagem que atingiu 1.179.757 eleitores que lhe deram o passaporte para ficar oito anos no Congresso Nacional.

Posição do Novo

A direção do Partido Novo, tanto da direção nacional como a de SC, despachou cedo, ontem, nota oficial informando que como o cenário presidencial no segundo turno não é aquele que desejava, o partido não apoiará nenhum candidato. Mas deixa claro que é “absolutamente contrário ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas”.

Puro

O PSL e seu candidato a governador, Comandante Moisés, escrevem mais um capítulo na história da política de SC: não querem fazer acordos para o segundo turno. Sabem que há oportunistas de plantão para nadar na “onda” favorável. Mas também não querem passar a imagem de calçar sapato alto.

Verde

Pela primeira vez o Partido Verde (PV) elegeu um deputado estadual em SC. Ivan Naatz, com 14.551 votos, 51 anos, já foi vereador em Blumenau e candidato a prefeito em 2016.

Não aprendem

No dia seguinte à eleição em que milhões de eleitores deram um recado aos políticos – entre eles de que trabalham pouco – a direção do Congresso Nacional remarcou para segunda-feira, dia 15,  a sessão conjunta cuja pauta inclui a análise de 15 vetos do Poder Executivo. A sessão estava inicialmente prevista para hoje.

Desfaçatez

É a mais pura expressão da verdade: a quase totalidade dos 140 candidatos a deputado estadual em SC que não conseguiu mil votos só se candidatou para fazer campanha para outro ou para conseguir pelo menos  licença remunerada no serviço público ou na iniciativa privada. E o contribuinte ali, bancando esta malandragem. Quem se habilita a acabar com isso?

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