Um grupo de 25 fumicultores da parte alta do município de Nova Trento (distrito de Aguti e arredores) participou, semana passada, de mais uma reunião de planejamento para dar sequência prática ao programa governamental federal Anater/Tabaco, cujo principal objetivo é levá-los à diversificação, mesmo continuando na fumicultura, e promover o desenvolvimento sustentável das unidades familiares.
O novo encontro foi coordenado pelo titular do escritório da Epagri em Nova Trento, Victor Alisson Gomes. Para concretização, de fato, do programa, que pretende envolver todos os 125 produtores de fumo existentes em Nova Trento, foi feito um cronograma de ações. A primeira providência, já concluída, foi o cadastramento de todos os fumicultores e suas famílias, por parte do escritório da Epagri e Secretaria da Agricultura.
Desde janeiro um grupo de três técnicos fez visitas a todos os produtores para fazer um diagnóstico o mais completo possível em cada unidade de produção, conhecendo sua realidade para, em seguida, estabelecer prioridades e trabalhar sobre elas, por dois anos seguidos. Para que, ao longo do tempo, sem pressões e respeitando sua cultura e geografia, o fumicultor possa ter outras alternativas iguais ou até mais rentáveis que o fumo, o programa prevê uma série de incentivos, principalmente para produção.
Estão previstos créditos e assistência na área de olericultura, apicultura, fruticultura e para constituição de pequenas agroindústrias, especialmente em derivados de leite, para produção de queijo colonial, por exemplo. O programa é bem flexível e adaptável às diferentes realidades de cada município e de cada produtor.
Em Santa Catarina apenas 17 municípios foram contemplados com o programa.
Daqueles, cinco ficam na região de Florianópolis. Além de Nova Trento estão Angelina, Major Gercino, Tijucas e Leoberto Leal. Nos cinco estima-se existir 400 famílias fumicultoras, das quais 125 em Nova Trento. Nos anos 1970, 1980 e 1990 foram mais de mil.
