O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2017, produzido a cada dois anos e divulgado segunda-feira pelo Ministério da Educação, revela que houve melhoria na educação neotrentina. O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. Avalia o ensino fundamental e médio no país, com base em dados sobre aprovação nas escolas e desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Desde sua criação, em 2007, foram estabelecidas diferentes metas (nacional, estadual, municipal e por escola) que devem ser atingidas a cada dois anos, quando o Ideb é calculado. O índice vai de 0 a 10. A meta para o Brasil é alcançar a média 6 até 2021, patamar educacional correspondente ao de países desenvolvidos.

Ensino fundamental de NT melhorou 0,4 pontos

No 5º ano do ensino fundamental (anos iniciais) da rede municipal, Nova Trento atingiu 6,3 pontos, que ficou acima da meta proposta para o ano, pelo MEC, que foi de 5,9 pontos (0,4 ponto de aumento). No Ideb de 2015 a pontuação foi de 6,1.


Na avaliação dos anos finais (9º ano) o município ficou com 4,7 de pontuação, ficando longe da meta prevista, de 5,5. Apesar disso, houve pequena melhora na comparação com 2015, que foi de 4,6 pontos.

No município, o melhor desempenho foi da EEB Francisco Mazzola, estadual, mas com uma contradição: nos anos iniciais obteve 7,2 pontos, quando a meta era 6,8, mas nos anos finais conseguiu 5,9, abaixo da meta prevista de 6,3. Mas melhorou em relação à última avaliação, de 2015, quando obteve pontuação de 5,2.

Melhor desempenho municipal foi de escola do Trinta Réis

Por escola municipal, a João Bayer Sobrinho (Claraiba) conquistou 6,1 pontos nos anos iniciais, passando da meta, 6, e 5,1 nos anos finais, abaixo da meta, 5,6, e abaixo também do desempenho de 2015, que foi de 5,7.  Na Padre da Poian (Salto) só foram avaliados os anos iniciais, com pontuação de 6,1.

Expressivo desempenho foi apresentado pela Escola Francisco João Valle (Trinta Réis). A pontuação de 5,5 de 2015 passou para 6,5 em 2017, superando expressivamente a meta, de 5,9 nos anos iniciais. Quanto aos anos finais o MEC não disponibilizou a pontuação. A Secretaria Municipal de Educação está pedindo esclarecimentos. Em 2015, a avaliação do 9º ano foi de 4,2 e a meta estabelecida para 2017 era de 5,6.

Na escola municipal de Aguti, que teve avaliação pela primeira vez e  para os anos iniciais, a pontuação foi de 5,1. No site do MEC não consta que meta a escola deveria atingir.

Resultado dos anos finais preocupam secretário municipal 

Se a avaliação do Ideb para os anos iniciais (5º ano) das escolas municipais foi considerada boa pelo secretário municipal de Educação, Luiz Carlos Orsi, já que houve melhorias, o mesmo ele não pode dizer dos anos finais.

No primeiro caso ele atribui o resultado ao trabalho produzido por diferentes grupos de profissionais nas escolas municipais, quase todos envolvidos permanentemente em cursos de formação e aprimoramento sobre as mais diferentes e modernas técnicas de ensino-aprendizagem, como as aulas de reforço de conteúdos escolares, com participação do professor, atividade que foi introduzida há dois anos.


“Temos que considerar ainda que quanto aos anos iniciais há um participação efetiva da família dos estudantes, muito presentes, acompanhando bem de perto suas atividades, tanto no âmbito familiar quanto escolar”, afirma Orsi.

O secretário diz que a realidade já é um tanto diferente quanto aos anos finais, onde os estudantes já são adolescentes, por volta de 13 a 14 anos, “quando os interesses já são outros, e mais dispersos”. Além disso, acrescenta Orsi, a família já não monitora tanto assim o desempenho escolar.


A melhora da performance dos anos finais (9º ano) é o grande desafio não só do ensino de Nova Trento, como estadual e nacional. Desempenhos muito sofríveis nesta fase do ensino foram registrados em todo país.

O ex-diretor da Escola Municipal Professor Francisco João Valle, de Trinta Réis, Artur Fabeni da Silveira, não se surpreendeu com o resultado obtido no estabelecimento que dirigiu até o ano passado. Para ele foi consequência de um trabalho realizado por todo o conjunto da escola, principalmente em 2015 e 2016, que deve ter consequências futuras, nas próximas avaliações, já que as várias iniciativas implantadas na melhoria do ensino continuam sendo implementadas.

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