Indiferença

Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, cerca de 3.900 ainda não instituíram ou estão irregulares com o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA). Assim não puderam captar recursos de doação do Imposto de Renda (IR) para essas contas, que podem financiar políticas públicas para esse segmento. Em SC, dos 295 municípios, 185 tem FIA, que em 2019 recebeu 5.514 doações, totalizando R$ 4,7 milhões. Em todo país os fundos receberam R$ 81,8 milhões, mas caso todos os municípios e governos estaduais estivessem aptos, poderia superar R$ 10 bilhões.

Primeira concessão

O governo federal elegeu o trecho da BR 101 entre Paulo Lopes e a divisa com o Estado do Rio Grande do Sul, marcado para o dia 21 de fevereiro, como a primeira concessão de ativos para a iniciativa privada neste ano. O contrato é de 30 anos e vencerá quem oferecer o menor valor da tarifa básica de pedágio. Mas não é a concessão mais  aguardada pelo mercado. A joia é a Nova Dutra, que liga as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo, passando por 34 cidades. Em SC deverão ser privatizados, também neste ano, os aeroportos de Navegantes e Joinville.

Conselheiro

O ano começa com um burburinho nas altas rodas da política e da administração estadual.  Por conta da “colaboração”, digamos assim, do deputado Marcos Vieira (PSDB) como presidente da estratégica Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa no encaminhamento e aprovação de importantes projetos do Executivo, o governador Carlos  Moisés estaria empenhado na nomeação dele para a primeira vaga que abrir para o vitalício cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Assim abriria vaga para em seu lugar assumir a suplente Dirce Heiderscheidt (MDB).

Zero da 101

Sempre se fala que SC é o zero da BR 101, para explicar a exclusão do Estado em muitos sentidos, dentre eles de shows de artistas internacionais, que preferem Curitiba ou Porto Alegre. Neste 2020, estrelas de várias gerações e estilos vêm ao Brasil para apresentar grandes shows.  O Kiss, por exemplo, faz sua turnê de despedida, “End of The Road”,  dia 12 de maio na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e dois depois na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba.  O mesmo será com o cantor Michael Bublé, que se apresenta na capital gaúcha, dia 21 de outubro, e dia 23 na capital paranaense. A única exceção é o cantor e compositor da icônica banda britânica Supertramp, Roger Hodgson, que faz show na Arena Petry, na Grande Florianópolis, dia 9 de maio.

Gosto discutível

 “Liberdade Provisória”, da dupla Henrique & Juliano, liderou as paradas de música mais ouvida no réveillon no Brasil. Alguns versos da letra: No início foi assim/Terminou tá terminado/Cada um pro seu lado/Não precisa ligar mais/Só que foi eu quem terminou/E quem foi largado não espera/Eu segui minha vida/Até ela começar seguir a dela / E do meio pro final/Eu só ia pra onde ela tava/Cada beijo no rosto que outra boca dava/ Eu morria de raiva/E ela tava mais linda/Cada vez que eu olhava/O ciúme não tava batendo/Tava dando porrada/E eu implorei, pra voltar/E ela me matou na unha/Disse que eu tava solteiro / Eu tava solteiro porra nenhuma/Implorei pra voltar….”

Complemento

Lido, alhures, complemento de nota, aqui, na coluna de final de semana: “Nas comemorações de virada do ano, com gastos de milhões das prefeituras, vemos imagens de pessoas felizes olhando os fogos nos céus e deixando toneladas de lixo no chão. A cada ano, novos desejos, mas a educação e os maus hábitos continuam os mesmos”. Somos mesmo um país de Terceiro Mundo.

Desrespeito

Quem passa pelas ruas e avenidas que envolvem o Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, não deixa de notar que a grande bandeira de SC içada em sua frente está em péssimas condições. Péssimo exemplo, logo na área de cultura.

Viagens imperdíveis

É muito bom ler e ver isso. O caderno “Viagem”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, listou seis “viagens imperdíveis” para os apaixonados por cerveja no Brasil e no mundo. Duas no Brasil: as Oktoberfest de Igrejinha (RS) e de Blumenau.

“Supremos”

O instituto Datafolha apurou que 39% dos brasileiros reprovam o trabalho do Supremo Tribunal Federal, qualificando seu desempenho e decisões como ruim ou péssimo. Alguns “supremos” e ex-“supremos”  não perderam o topete e vieram a público confessar-se contrariados, reclamando que “a sociedade desconsidera julgamentos importantes feitos, como a proibição do nepotismo em todos os Poderes”. Quanta soberba!

Deixe um comentário

Por favor, digite seu comentário
Por favor, digite seu nome