No limite

Pessoas do entorno de Carlos Moisés, que raramente perde a paciência e tem o salutar hábito de buscar pessoas próximas com quem desabafar, compartilhar seus dramas e receber sugestões e críticas, relatam que ele estaria no limite da paciência com o Jair Bolsonaro, mas ainda prefere se conter. O que o deixa irritado são as infelizes, inoportunas e diárias manifestações do presidente, opinando sobre tudo e todos, e agora contra governadores por suas decisões em relação ao coronavírus que, irresponsavelmente, ele tem minimizado. O que tranquiliza Carlos Moisés é a certeza de que está fazendo o que a maioria da população acha que é certo.

Foto: Carlos Moisés da Silva (Foto: Julio Cavalheiro/SECOM)

Eleições municipais

Os políticos têm uma qualidade: antecipar aos fatos, quando mais lhes interesse. Pois no meio de toda a aflição do momento, muitos deles, no Congresso, já querem mudar o calendário eleitoral, que envolve o adiamento das eleições municipais deste ano, prorrogando o mandato dos atuais prefeitos até 2022, assim unificando o pleito municipal com os dos legislativos e executivos estaduais e federais. A vantagem seria destinar todos os bilhões que seriam gastos na campanha deste ano para ações de combate à pandemia.

Sob avaliação

O Ibope começou quinta-feira e terminou ontem nova pesquisa nacional para saber a quantas anda a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Como não precisa dizer, a semana passada foi uma das mais agitadas do seu governo. A percepção é que, com suas incontinências verbais, e de seus mimados filhos, perdeu pontos entre os catarinenses, os mesmos que deram a ele consagradoras votações no primeiro e segundo turno. O desencanto é crescente.

Guga

É nessas horas que um ídolo de fato realmente se revela, mais do que o que esperam seus fãs. É Gustavo Kuerten, o Guga, que gravou um vídeo fazendo um apelo para que todos deem sua colaboração na tentativa de espantar a pandemia, ficando em casa.

Sucesso

Os 40 deputados estaduais participaram, ativamente, sexta-feira, da primeira sessão virtual, via Whatsapp, do Legislativo catarinense, quando, cada um em suas casas, aprovaram o projeto de decreto legislativo que declarou estado de calamidade pública no Estado, com efeitos até 31 de dezembro. À beira das lágrimas, o presidente, deputado Julio Garcia, agradeceu a todos pela façanha e convocou outra para a tarde de hoje, para a apreciação de outros projetos relativos ao combate ao covid-19.

Médica?

Estudante das últimas fases do curso de Medicina na UFSC (onde não se paga nada; é o contribuinte, eu, você, nós todos que pagamos com nossos impostos), postou mensagem nas redes sociais. Indignada, isolada em casa, está entediada e quer voltar para a casa dos pais, no interior, e jamais ser convocada pela instituição a dar atendimento voluntário gratuito destinado a pacientes infectados pelo coronavírus. Merece ser desmatriculada.

Juiz ativista

A presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) de SC, desembargadora Lourdes Leiria, derrubou inconsequente liminar de um juiz do Trabalho de Criciúma que determinou o fechamento de frigoríficos da região, numa ação movida por sindicalistas, que alegavam o avanço do coronavírus. O que aconteceria seria o inevitável: crise de abastecimento e aumento de preços. Mesmo antes da decisão do TRT, os frigoríficos já haviam adotado diversas medidas, com mudanças de rotina dos seus empregados.

Revoltante

Foi revoltante, mas ao mesmo confortante, pela pronta ação do Ministério Público Estadual, saber da exploração de empresa Olimed Material Hospitalar, de Blumenau, que até há dias passados fornecia máscaras cirúrgicas a preços variando de R$ 4 a R$ 5 pelo pacote de 50 unidades e depois que começou a divulgação da pandemia do coronavírus começar a pedir R$ 77 à rede pública de saúde.

Aplauso

Linda a atitude de milhões em aplaudir os profissionais de saúde, os bombeiros e todos os setores da segurança pública. Sim, são eles os grandes profissionais responsáveis por atuar na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

Convivência

O que mais se vê nas comunicações entre familiares via redes sociais, principalmente desde sábado, é que o isolamento social imposto pelo coronarívus está tendo consequências diversas e positivas. Uma delas é que em muitas famílias se reaprendeu a conviver. Que bom.

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