Novo ano

Torcemos para que este 2020 nos traga boas-novas, como emprego, economia aquecida, casa para quem vive na rua e sob viadutos, coleta de esgoto para os 48% que não tem acesso a esse serviço, água potável para 35 milhões, mais atenção para os hospitais públicos atenderem decentemente quem precisa deles, mais segurança para que se possa viver sem medo, transporte público de qualidade e punição severa para todos os corruptos, indistintamente.  Que se receba 2020 com a certeza de que será um ano melhor.

Ainda 2020

Leitor pede que se transmita aqui, na certeza de são os mesmos da imensa maioria, seus desejos maiores para esse ano, que são: mais otimismo e menos pessimismo, mais compreensão e menos repúdio, mais seriedade e menos falcatruas, mais ética e menos imoralidade, mais colaboração e menos egoísmo, mais humildade e menos orgulho, mais verdade e menos mentira, mais relevância e menos ignorância.  Espera que tudo isso aconteça não por regras, leis, decretos, fatos ou fakes, mas pela consciência de cada cidadão que, de acordo com sua opinião, sua visão e seu interesse, cederá, ou não, para o bem comum.

Diário da ponte

O que aconteceu – e ainda acontece – em relação à reabertura da ponte Hercílio Luz merece um diário. A destacar, em especial, a eficiente divulgação do governo Carlos Moises sobre o evento, que permitiu que milhares de pessoas, nativos e turistas (mais de 200 mil de segunda-feira até ontem), visitassem o local e se deslumbrassem. As redes nacionais de TV também badalaram, lembrando sempre que apesar do simbolismo que representa, a restauração tirou do bolso do contribuinte catarinense mais de R$ 1 bilhão (em valores atualizados), e boa parte desviado pela corrupção. No mais, foram detalhes: o governo atual e o anterior de Raimundo Colombo se digladiaram pelas redes sociais, reclamando, de parte a parte, de convites não feitos para o ato, e quem mais fez ou menos fez nas respectivas gestões. O senador Dário Berger (MDB) optou por não subir ao palanque. Discreto, acompanhou o evento misturado às milhares de pessoas que prestigiaram o dia histórico (30), que devolveu aos catarinenses um de seus principais cartões postais. Aproveitando o evento, a Associação de Praças de SC, fez um protesto, com integrantes portando faixas cobrando do governador a reposição inflacionária. Os praças estão há seis anos sem o reajuste.

Foto do ano

Ancelmo Goes, colunista de “O Globo”, elegeu como “foto do ano” o flagrante, de 7 de maio de 2019, quando Bolsonaro assinou o decreto que alterou as regras sobre o uso de armas e munições. Legendou dizendo que o presidente “aparece feliz que nem pinto de lixo ao lado de sua turma preferida — aquela da desinteligência”. Ao lado do presidente está o deputado federal catarinense Rogério Peninha Mendonça (MDB). Ressalva: dia sim, no outro dia também, o colunista bate no governo federal. Quase uma compulsão.

Sinais exteriores

O desfile de lanches e iates nas baías de Governador Celso Ramos, nas cercanias da Ilha de SC, não passou em vão nos últimos dias. A Receita Federal, acompanhada pela Policia Federal, resolveu fazer uma blitz, digamos assim, e encontrou muitos sinais exteriores de riqueza sem a devida comprovação de sua origem.

Discrição

Os tempos são outros no badalado balneário Jurerê Internacional, na Ilha de SC. Talvez porque alguns de seus notórios frequentadores em outras temporadas agora estejam na prisão, metidos em corrupção, as principais casas noturnas até divulgaram suas festas de reveillon, com ingressos de até R$ 2,5 mil. E quase nada sobre a presença de celebridades ou subcelebridades.

Resistência estética

O projeto de construir uma Estátua da Liberdade de 30 metros de altura na avenida turística que liga Gramado a Canela, no Rio Grande do Sul, deu origem a um abaixo-assinado de moradores, sob o argumento de ser uma “violência simbólica”.  Mas Canela acabou aprovando. Mais uma vitória do impetuoso empresário brusquense Luciano Hang. Verdade seja dita: exceções à parte, por trás há comerciantes resistentes que temem perder espaço para grandes varejistas.

Intocável

Uma pena que a mídia deu importância secundária à vitória do ex-goleiro da Chapecoense, Jackson Follmann, na final do programa “PopStar”, no último domingo, pelo fato do cantor e ator Tony Tornado, um dos jurados, dizer uma verdade que os críticos sempre evitaram, ou seja, que “é impossível cantar pior que Chico Buarque”, ao julgar o desempenho da atriz Totia Meirelles, eliminada ao se apresentar com “Gota d’Água”, composição de Chico. Fafá de Belém ficou perplexa.

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