Com mais de dois anos de atraso, devido à várias circunstancias, dentre elas a epidemia de covid-19, Nova Trento finalmente começa a se preparar par integrar o ambicioso projeto Caminho da Mata Atlântica, uma trilha de mais de 4 mil quilômetros que cruza toda a Serra do Mar e um trecho da Serra Geral, passando por montanhas, praias, cavernas, ilhas e florestas, conectando os maiores remanescentes da Mata Atlântica, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

A trilha, em parte já aberta, passará por mais de 100 parques e reservas, terras indígenas, cidades históricas, comunidades tradicionais e por alguns das mais belas paisagens da costa brasileira. Quanto a Nova Trento o caminho terá um percurso que cruza o território de Brusque, passando por parte do distrito de Claraiba.

No próximo dia 9, às 9 horas, na Casa da Cidadania, será feita a primeira apresentação do projeto por parte do ambientalista e engenheiro florestal Henry Petcov, do escritório regional da Epagri de Florianópolis. Conforme o engenheiro agrônomo Victor Alisson Gomes, Nova Trento precisa criar complementaridades ao projeto nacional, abrindo novas trilhas e valorizando as já existentes de âmbito intermunicipal, como o Caminho do Louvor, daqui até Ituporanga, no Alto Vale do Itajai, e o Amabilíssimo, ligando Nova Trento e Camboriú, passando por Canelinha e Tijucas.

Esse complemento, explica o engenheiro, deverá envolver o poder público e a iniciativa privada. A partir da apresentação deverá ser criado um grupo de animação para fomentar a prática de trilha e tudo o que isso envolve, incluindo pontos de apoio, manutenção e sinalização, dentre outras condicionantes para seu bom proveito e sucesso.

Em Santa Catarina, o projeto tem participação direta da Epagri, em parceria com o Instituto Camargo Correa e a Federação de Escalada e Montanhismo do Estado, cuja missão é engajar a sociedade na conservação e recuperação da Mata Atlântica por meio de atividades ao ar livre e da conexão de áreas naturais ao longo dos mais de 4 mil quilômetros de trilha, promovendo o desenvolvimento socioeconômico inclusivo e a valorização do patrimônio natural e cultural.

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