No dia 25 deste mês comemora-se o Dia do Sapateiro. A arte de fabricar sapatos surgiu a partir do momento em que o homem passou a sentir necessidade de proteger seus pés, seja do frio, seja dos obstáculos no solo.

Flavio Valle (foto), 59 anos, servidor público municipal, desde 2002, quando seu pai, Celso, faleceu, se ocupa, em parte do dia livre, em manter uma tradição da família: consertar sapatos, atividade que em Nova Trento começou pelo avô dele, Marçal.

Na que é a única consertaria de sapatos de Nova Trento, instalada numa dependência à parte, junto à sua residência, na Rua Carlos José Ruberti, no bairro Trinta Réis, Flávio faz troca de sola, salto, colagem e pintura, dentre outros serviços, tanto em calçados masculinos como femininos.

Nesses 20 anos de oficina, Flávio nota uma diferença gritante: “Os sapatos de 20 anos atrás ou mais tinham uma qualidade muito superior aos atuais, pois eram de couro puro, de alta durabilidade; agora são quase todos de material sintético, com tempo de uso bem mais curto”.

Ao contrário do que alguns imaginam, além de ser uma atividade que exige tempo e atenção, já que para muitos seus sapatos são quase como um animal de estimação ou uma obra de arte que precisa de carinhos e cuidados, a atividade sofreu muito durante a pandemia de covid, admite Flávio, recuperando a normalidade somente agora, durante principalmente o  inverno e impulsionada notadamente pelo público feminino.

São mulheres que tem botas de cano alto, de até anos de uso, mas que precisam apenas uma pintura nova. “Assim, a grande maioria deixa de comprar uma bota nova, que pode custar cerca de R$ 500 e manda pintar por um quinto do preço e ganhar cara de nova”, diz o consertador.

 

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