Orgulhos de Moisés

Numa postagem em rede social, ontem, o governador Carlos Moisés inicia dizendo que desde o início de seu governo honrou seu compromisso de governar com dignidade. Em seguida expõe seu orgulho em dizer que durante a pandemia nenhum catarinense ficou sem atendimento, que SC tem a menor taxa de letalidade do país e indicadores mostrando o Estado em liderança em vários setores na retomada econômica. No final lamenta que “nem todos respeitam a vontade legítima do povo catarinense” e que “um grupo pequeno, inconformado com o resultado das urnas e com interesses escusos, quer nos tirar do governo a qualquer preço e sem justa causa”.

Memória

No dia de ontem, se estivesse vivo, o memorável cardeal catarinense dom Paulo Evaristo Arns faria 99 anos. Em São Paulo teve início ontem uma série de eventos, que se estenderão pelos próximos 12 meses, até 14 de setembro de 2021, para marcar a passagem de seu centenário. Na sua terra natal nada se ouve acerca do assunto. Parece ser mais um santo de casa que não faz milagre.

Operação casada

Apesar de ser uma prática abusiva e ilegal, há instituições financeiras que condicionam a liberação do crédito à aquisição de outros produtos financeiros, como títulos de capitalização, consórcios e seguros estranhos à atividade financiada. A Federação da Agricultura de SC (Faesc) está orientando produtores rurais a denunciar. Até produziu um guia como orientação. A ganância dos nossos bancos, inclusive oficiais, não tem limites.

Histeria

Ao manifestar sua desaprovação ao plano que prevê o retorno das aulas presenciais somente para meados de outubro, o Sindicato das Escolas Particulares de SC (Sinepe) diz que ele é inútil porque foi elaborado a partir da “ótica histérica da Organização Mundial da Saúde, entidade sob suspeição por parte de renomados cientistas, os quais se contrapõem à ideia do isolamento social”.

Donos do poder 1

O arguto analista político brasiliense Luiz Carlos Azedo publicou artigo sobre como a política de parentela pode entravar o projeto de reforma administrativa encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso na medida em que, apesar da renovação nas eleições de 2018, o número de parlamentares com vínculos familiares com velhas oligarquias do país chega a 172, sendo 138 ligados a clãs políticos com representação em várias esferas de Poder, inclusive no Executivo, Judiciário e Ministério Público. Se for considerar, ainda, outros grupos, como a bancada ruralista, os militares e os pastores evangélicos, o poder de intervenção desses segmentos na votação da reforma administrativa para manter seus privilégios será bastante significativo.

Donos do poder 2

Cita clãs políticos que protagonizam a política de seus Estados como no Maranhão, representada na família do ex-presidente Sarney; no Ceará, os Ferreira Gomes; no Rio Grande do Norte, os Alves e os Maias; em Goiás, os Caiado e os Bulhões; no Paraná, os Richa; em Alagoas, os Calheiros; na Bahia, os Magalhães; no Pará, os Barbalho; em Pernambuco, os Arraes e Bezerra/Coelho; na Paraíba, os Maranhão, Vital do Rego, Cunha Lima e Ribeiro; no Acre, os Vianna; e em Tocantins, os Abreu. Quanto a SC Azedo não considera ou esqueceu de um clã: os Amin (Esperidião, Ângela e João). O outro, o dos Konder-Bornhausen, já pode ser considerado passado.

Injúria racial

Estima-se que a população baiana em Brusque passe de 10 mil pessoas e contra elas tem ocorrido crescentes atos discriminatórios, mas sem registros oficiais, pelo menos até dias atrás. Agora há um,  com provas, que foi parar na justiça. Um motorista, preso por embriaguez seguida de agressão, acaba de ser condenado por injúria racial. Entre outras expressões dirigidas aos que se acharam ofendidos, fez menção a “baiano”.

Escolhas

O eleitor carioca e fluminense tem sido vítima e ao mesmo tempo partícipe direto, co-responsável, pelo desastre quem tem sido as escolhas de seus gestores públicos nos últimos anos e até décadas. Um exemplo: no momento tem 13 candidatos a prefeito do Rio e todos eles com pendências judiciais, com viés de corrupção. Há um risco enorme de o eleito tomar posse na cadeia.

Esperança?

Podemos ter alguma esperança na nossa Suprema Corte? Uma frase que repercute do novo presidente, ministro Luiz Fux: “Não admitiremos qualquer recuo no enfrentamento da criminalidade organizada, da lavagem de dinheiro e da corrupção. Aqueles que apostam na desonestidade como meio de vida não encontrarão em mim qualquer condescendência”. A conferir.

 

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