Um temporal, com ventos fortes, no final da tarde e início da noite de ontem, 21, causou muitos estragos em todo o município de Nova Trento, principalmente em residências e na rede de energia elétrica. Centenas de casas e empresas ficaram sem energia das 16h40 de ontem até 10h45 de hoje.

O prefeito Gian Voltolini gravou um vídeo esclarecendo a população afetada e não atendida pela Celesc para que acione os serviços da empresa mas que também procure os secretários municipais, munidos do número de sua unidade consumidora para que a Prefeitura, embora não possa interferir nos serviços, ajude na redução do tempo para atendimento e restabelecimento do serviço.

Conforme informes chegados ao prefeito, residências nas comunidades de Claraíba, Frederico e Trinta Réis acumulam 36 horas sem energia, uma vez que foram atingidas por outro temporal, anteontem.

A Celesc informa que o Vale do Tijucas tem no momento sete carros de plantão para atendimento e que mesmo assim não está conseguindo atender todas as demandas.  Às 11 horas de hoje serão agregadas mais duas equipes de atendimento emergencial, e uma delas exclusiva para Nova Trento, incluindo um caminhão de energia pesada.

Sem motivo justificável

As quedas de energia estão se repetindo desde o início de dezembro. Em muitos casos, sem qualquer motivo climático que as justifiquem. O problema, que vem sendo apontado pela comunidade afetada como falta de investimento da Celesc, está gerando um ápice de revolta que já incita a realização de protestos. A precariedade do serviço existe há pelo menos dez anos, sem que tenha havido qualquer melhoria concreta. Enquanto isso, os moradores sofrem perdas financeiras e morais.

Embora o presidente da Celesc,  Cleverson Siewert, tenha alegado em várias audiências com as autoridades municipais de Nova Trento que a estatal fez muitas melhorias na rede ao longo dos últimos anos e que os cortes de energia são fruto de tempestades e quedas de árvores, essa não parece ser uma justificativa para o que acontece em alguns bairros neotrentinos, especialmente Claraíba.

No distrito, relata o morador Otomaz Ferrari, a falta de energia acontece em horários improváveis, como 8 horas da manhã, por exemplo, em pleno dia ensolarado. “Além de não vermos uma explicação óbvia para os cortes, nos revolta a demora para o restabelecimento da energia, que dura em média quatro horas”, diz Ferrari. No Trinta Réis, o drama se repete, empresas paradas, idosos e crianças sofrendo, perda materiais e todo tipo de desconforto.

 

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