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Um projeto em desenvolvimento pelo Núcleo de Estudos da Uva e do Vinho (Neuvin) do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promete revolucionar a vitivinicultura de Nova Trento. As atividades do projeto foram iniciadas em agosto do ano passado, e os resultados apresentados até agora são promissores e até inéditos, segundo o professor Alberto Brighenti, coordenador dos trabalhos.

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“Graças à cobertura plástica foi possível produzir pela primeira vez uvas viníferas, como Chardonnay, Pinot Noir e Marselan, na região. Essas uvas foram vinificadas e os vinhos estão nas fases finais do processo de elaboração, mas testes preliminares indicam que há potencial para a produção de vinhos de qualidade”, explica o coordenador.

O projeto foi criado com o objetivo de aperfeiçoar e auxiliar o sistema produtivo local a partir do diagnóstico, da avaliação e da condução de forma participativa de técnicas e práticas produtivas para a produção de uvas de mesa e viníferas no município do Vale do Rio Tijucas, que é conhecido nacionalmente e até no exterior pelo turismo religioso no santuário de Santa Paulina.

“Nova Trento é uma referência em turismo religioso. Preservando tradições, desenvolveu-se junto ao santuário uma rota colonial no município, com vinícolas que comercializam produtos diversos. Além de sucos, o produto predominante é o vinho colonial, comprado em sua grande maioria a granel ou elaborados com uvas provenientes do Rio Grande do Sul, visto que há pouco vinhedos na região”, observa o coordenador dos trabalhos.

Para mudar a atual realidade, o projeto é realizado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e conta com aporte financeiro de viticultores e empresários locais do ramo. “A parceria entre a Fapeu e a UFSC é fundamental para a realização de projetos dessa natureza. Os profissionais da Fapeu fazem a gestão dos recursos, o que confere aos pesquisadores maior liberdade para executar o trabalho de pesquisa ou extensão, como neste caso específico. Assim como o percentual destinado ao departamento também é um recurso importante em períodos de escassez, como o que estamos atravessando no momento”, destaca o professor Brighenti.

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Os trabalhos de campo são desenvolvidos por uma equipe de 10 pessoas a 78 metros de altitude, na vinícola Villaggio Cipriani. Além do professor Brighenti, também integram o grupo o professor Aparecido Lima da Silva, o pesquisador doutor José Afonso Voltolini, os alunos de mestrado do programa de Recursos Genéticos Vegetais da UFSC Isadora Teixeira Coelho, Sabrina Sautchuk, Thainá Graciano Votre e os acadêmicos de graduação do curso de Agronomia da UFSC Izabela Sgrott Serpa, Priscila Dal Lago, Marina Denchinsky e Luiza Varella.

 

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