A Paróquia São Virgílio já tem uma programação especial para a Quaresma, que se inicia com o término do Carnaval, dia 4, e se estende até a Páscoa, marcada por práticas de penitência, como jejum e obras de caridade.
Na abertura da programação, dia 4, haverá um momento especial no Santuário Nossa Senhora do Bom Socorro: a partir das 18 horas será realizado o terço luminoso, no entorno da capela, seguido por missa. O evento é preparativo para o centenário da Arquidiocese de Florianópolis. Devido a tal ato não haverá, nesse dia, a missa das 19 horas na Igreja Matriz.
No dia 5 haverá missa da Quarta-feira de Cinzas, às 6 horas da manhã e às 19 horas, na Igreja Matriz. Missas também serão celebradas no mesmo dia na Casa das Irmãs (9 horas), Oito Casas (17 horas), Baixo Salto (18 horas), Calvário e Mato Queimado (19 horas), e Claraiba, São Valentim e Aguti (19h30).
A partir do dia 5 inicia-se o período da Quaresma. Todas as noites de sexta-feira e domingo haverá confissões durante a missa das 19 horas na Igreja Matriz. Também a partir daquele dia todas as sextas-feiras, às s 18 horas, será realizada a Via Sacra na Igreja Matriz, seguida de missa. Durante toda a Quaresma serão celebradas missas de terça a sexta-feira, às seis horas da manhã, na Igreja Matriz.
Em todo período da Quaresma o Santuário Nossa Senhora do Bom Socorro manterá a missa normal aos sábados e domingos às 10 horas. Além disso, todos os domingos, às 15 horas, será celebrada a Hora da Misericórdia.
A Hora da Misericórdia é uma oração na forma de terço, revelado a Santa Faustina Kowalska, uma religiosa polonesa da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. Conhecida como a Apóstola da Divina Misericórdia, teve uma série de visões místicas e revelações de Jesus Cristo ao longo de sua vida. Em 1935, Jesus apareceu a ela e ensinou-lhe a Oração do Terço, instruindo-a a propagá-la para o mundo como um meio de interceder pela misericórdia divina.
Peregrinações a santuário movimentam comunidades – Durante toda a Quaresma, as capelas de quase todas as 31 comunidades do município vão fazer, isoladamente ou junto com as vizinhas, uma programação inédita, nos finais de semana: peregrinações, a pé, partindo, sempre às 7 horas da manhã do sopé do morro da Cruz, até o Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro, com missa no final.
A primeira será no dia 8 de março, reunindo pessoas da comunidade católica da Igreja Matriz São Virgílio e da Capela Santa Ágata. As demais, com as respectivas datas e comunidades envolvidas, são as seguintes: dia 9, Oito Casas, Conquista e Ribeirão Veado; dia 15, Lageado e Serraval; 16, Baixo Pitanga e Alto Pitanga; 22, Aguti e Trombudo; 23, Baixo Salto, Molha e Alto Salto; 29, Valsugana, Ribeirão Bonito e São Valentim; 30, Nossa Senhora de Guadalupe/Trinta Réis, Calvário e Ribeirão Frederico; 5 de abril, Ponta Fina Sul, capela Cristo Rei e Vigolo; 6 de abril, Morro da Onça, Claraiba, Indaiá e Espraiado de Claraiba; 12 abril, Santo Antonin, Mato Queimado e São Roque.
O simbolismo das cinzas – A Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, inicia-se com a Quarta-feira de Cinzas, marcada pelo ritual da imposição das cinzas. No Antigo Testamento, as cinzas eram usadas para expressar luto, desejo de obter favor de Deus e arrependimento. Durante a Quinta-feira Santa, os primeiros cristãos aplicavam cinzas sobre a cabeça como um hábito penitencial público.
Embora a Quaresma tenha adquirido um caráter penitencial no século IV, o rito da imposição das cinzas foi formalmente implementado apenas no século XI. Desde então, tornou-se uma prática disseminada na Igreja Católica e foi adotado por outras denominações cristãs com variações nos rituais.
A palavra “Quaresma” derivou-se do latim “quadragésima,” originalmente um adjetivo usado no início de uma frase que se referia aos 40 dias de preparação para a Páscoa. Ela transformou-se no nome do período litúrgico, destacando a importância da preparação, reflexão e penitência durante esses dias que antecedem a celebração da Ressurreição de Jesus.
O número 40 possui uma profunda significância nas Sagradas Escrituras. O dilúvio, que simbolizou a purificação da humanidade pelas águas, durou 40 dias e 40 noites. O povo hebreu percorreu o deserto rumo à terra prometida por 40 anos, atravessando o Mar Vermelho. Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes de Nínive realizaram uma penitência de 40 dias. O profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites para alcançar a montanha de Deus. Jesus, preparando-se para sua missão, jejuou por 40 dias e 40 noites, uma prática também seguida por Moisés.
O número 40, portanto, assume diversos significados simbólicos e é associado a um tempo de intensa preparação para eventos religiosos marcantes. Essa riqueza simbólica confere à Quaresma um profundo valor espiritual, convidando os fiéis a uma jornada de reflexão, arrependimento e crescimento espiritual em antecipação à celebração da Páscoa.