Em sua primeira entrevista a “O Trentino” como prefeito eleito, Maxiliano de Oliviera afirmou que, além de fazer uma gestão “para todos os neotrentinos”, o maior desafio de seu mandato a partir de 1º de janeiro de 2025 é a saúde, que diz ter sido o motivo maior de reclamações que recebeu dos eleitores durante a campanha. Questiona o modelo adotado na atual administração, com a “custosa” terceirização de muitos serviços, ocasionando, na sua percepção, um atraso excessivo para a realização de exames, por exemplo.
“A gestão de saúde tem que ser mudada, necessariamente, para ter mais qualidade e agilidade no atendimento da população”, diz. As principais propostas do prefeito eleito para sua gestão, tanto na saúde como nas demais áreas, estão descritas nas páginas seguintes desta edição.
Planejamento – Depois de proclamados os resultados, domingo, Max começou a fazer um planejamento de seu tempo para chegar até o dia da posse “com tudo alinhado”. Nesse plano estabeleceu como primeira ação conversar com todos os vereadores que não foram eleitos na sua coligação. “Eles foram uma força ativa de extrema importância na vitória e terão vez no futuro governo municipal”, afirmou.
Seu compromisso seguinte, em andamento, é ouvir os vereadores eleitos. Prefere não dizer um “não” de forma definitiva quanto à possibilidade de chamar vereadores eleitos para ocupar cargos no primeiro escalão, e assim abrir vaga para suplentes. Lembra que seu caso, quando eleito vereador, estava dentro de uma situação diferente da que se apresenta agora. Um terceiro compromisso nesses primeiros dias é conversar com os presidentes de todos os partidos da coligação.
Equipe de governo – Nas conversas com os vereadores eleitos e não eleitos e com os presidentes de partidos é que Max espera ter nomes para compor sua equipe de governo, que quer definir o quanto antes possível.
Obras atuais – Embora ainda não haja entendimentos quanto à transição no poder municipal, Max diz vai acompanhar, à distância, a licitação de obras importantes na atual gestão, como a de pavimentação do Centro até o início do asfalto da SC-401, no final do bairro Espraiado, além da Praça Getúlio Vargas e ruas centrais, como a Nereu Ramos e Imigrantes, com custo de R$ 14,7 milhões, do governo estadual. Max acha que é possível colocar mais asfalto em mais ruas com aqueles recursos.
Governo do Estado – Max reconhece que o governador Jorginho Mello, que é do seu partido, o PL, tem dado atenção para as demandas de Nova Trento e quer que essa relação se mantenha e se amplie na sua gestão. Ainda nessa semana o prefeito eleito pediu à assessoria do governador a marcação de uma audiência com Jorginho Mello.
Brasília – Talvez na semana que vem ou na outra, Max vá à Brasília para os primeiros contatos com autoridades federais em diversos órgãos onde a Prefeitura tem vários projetos aguardando definições, ao mesmo tempo que quer abrir caminho para encaminhamento de projetos de sua gestão. Um dos mais importante está na área de saúde, que é a compra de um tomógrafo computadorizado para o Hospital Imaculada Conceição.
Políticos – Com os deputados estaduais quanto os federais e senadores, que tem a seu dispor o mecanismo de emendas parlamentares, Max diz que desde já quer estabelecer um estreito relacionamento com todos. Na viagem à Brasília, por exemplo, está buscando agendamento com os três senadores (Esperidião Amin, Jorge Seif e Beto Martins) e com os sete deputados federais do PL, vários deles com conhecimento sobre Nova Trento. Se for possível quer manter contato com todos os congressistas catarinenses para que possar dar mais atenção para Nova Trento em todas as suas demandas.
Uma das suas principais preocupações é quanto ao turismo. Acha que Nova Trento, sendo o principal destino religioso de Santa Catarina e um dos maiores do Brasil, precisa uma atenção maior do governo federal, especialmente do Ministério do Turismo.
Mulheres e vice – As mulheres terão um papel destacado na futura gestão municipal, promete Max: “Tenho que reconhecer que elas foram uma peça fundamental no resultado; uma das suas concentrações na campanha, com mais de 200 delas presentes, foi algo inédito em termos políticos no município”.
O vice-prefeito eleito, Laerci Girola, também será valorizado na futura gestão. “Teremos dois prefeitos. Quero que ele se iguale a mim quanto ao cargo, sem divisão de hierarquia; ele dividirá comigo todas as ações e decisões”.
Herança – Da atual gestão municipal, o prefeito eleito diz que algumas ações serão continuadas. Destaca especialmente a gratuidade do transporte de estudantes universitários e de cursos técnicos. Espera chegar o dia 1º de janeiro e encontrar “tudo em ordem, sem surpresas” na Prefeitura.
Transição – Como é de praxe, eleitos e derrotados tendem a se entender depois da eleição. Porém, até o momento a equipe do prefeito eleito e da atual gestão não tomaram nenhuma iniciativa.