Sinal de grandeza

Não dá para desprezar o fato de o governador Carlos Moisés mandar cortar o cafezinho em todos os órgãos da administração estadual e tentar reduzir custos em tudo o que é possível, e agora ainda dizer que até os salários dos servidores da administração direta podem sofrer atrasos, enquanto não se vê nenhum sinal de grandeza, mínimo que fosse, do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa e Ministério Público. Quem sabe se abolissem alguns privilégios, como veículos para cada um de seus deputados, desembargadores, juízes, promotores, procuradores, conselheiros, diretores e até gerentes, entre outros, com seus motoristas, locação dos mesmos, espaços ocupados nas garagens (quando não especialmente construídas para tal, sem dar nenhuma vaga para quem precisa dos serviços de tais instâncias), poderiam reduzir seus imensos custos. Quem sabe, num gesto mais nobre ainda, possam propor, a partir de suas cabeças dirigentes, a redução do seu já altíssimo duodécimo. Sim, porque apesar do conhecido festival de gastança desmesurada, tem sobrado dinheiro, implicando inclusive em devoluções para o Executivo. Medidas assim permitiram que mais recursos fiquem para aplicar em educação, saúde, habitação, saneamento, etc., tão carentes e até inimagináveis para milhares de excluídos catarinenses. Um amigo deste espaço, que conhece logística, imagina que o TJ-SC, Assembleia Legislativa, TCE-SC e MP-SC tenham uma frota próxima de mil 800 500 veículos e o dobro de motoristas, com uma despesa de dezenas de milhões por ano para atender uma elite que já ganha o suficiente para ir trabalhar com seu próprio carro ou de táxi. Enraivece ter que registrar isso e saber, por exemplo, que o hospital Beatriz Ramos, de Indaial, que atende 5 mil pessoas por mês, pode fechar porque a Justiça Federal determinou o leilão de suas instalações físicas por ter uma dívida de risíveis R$ 1,7 milhão para a União. Enraivece também porque se sabe que por falta de dinheiro para bancar bolsas de estudo pelo Artigo 170 algumas centenas, talvez milhares de jovens de SC, só chegam à universidade em sonhos.

Observador

Embora seja um político mais que experiente, o ex-senador Paulo Bauer se comporta até agora quase que como um estagiário no estratégico cargo de secretário especial da Casa Civil da Presidência da República. É que ali tudo gira em torno do ministro Ônix Lorenzoni, que é quem manda, fala e age, mas tem a virtude de saber ouvir e conversar. Bauer tem sido um de seus mais frequentes interlocutores. Uma espécie de conselheiro preferencial.

Lá e cá

Não se sabe claramente do quanto foi o valor dos incentivos do governo estadual para que a alemã BMW instalasse sua montadora em SC, no município de Araquari. Mas uma hora dessas deve vir à tona, como deve acontecer com a Ford em São Paulo, que está anunciando o fechamento de fábrica porque não são mais suficientes os milhões (bilhões, se contadas as concessões durante décadas) de subsídios fiscais nos governos recentes.

Alemanha

Neste 2019 comemoram-se os 190 anos de imigração alemã em SC. O aprazível município de São Pedro de Alcântara, distante 40,7 quilômetros de Florianópolis, foi a primeira colônia alemã do Estado. Uma exposição histórica composta de gravuras, livros, revistas, periódicos e objetos alusivos a este período começa hoje e segue até dia 1º de março na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, nas dependências da Assembleia Legislativa. Vale uma visita.

Estrangeiro

A partir de caso que envolve iraniano aprovado em concurso público para professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC) o Supremo Tribunal Federal vai decidir se ele pode ser nomeado ou não. É que inexiste hoje expressa previsão constitucional e legal acerca da possibilidade de provimento de cargos das universidades e institutos federais com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. Por isso o país é sofre tanto atraso tecnológico. A decisão terá repercussão geral.

Volta por cima

Vem causando comoção nos meios esportivos a surpreendente revelação do ex-treinador do tenista Gustavo Kuerten, Larry Passos, que ao receber homenagem no Rio Open, semana passada, revelou que em 2018 venceu um câncer de próstata. Larry atualmente mora na Flórida, nos Estados Unidos, onde dá consultoria para tenistas e comenta jogos na TV. E mantém seu instituto de formação de tenistas em Camboriú.

Juros federais

Senador Jorginho Mello (PR-SC) apresentou requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos para que um grupo de parlamentares analise os critérios adotados pela Secretaria do Tesouro Nacional para avaliar a situação fiscal dos Estados e classificar qual seu grau de risco no empréstimo de recursos. Atualmente, SC está ranqueada no risco “ C” e a tomada de empréstimo acaba ficando com juro mais caro. A iniciativa pretende melhorar a nota do Estado e reduzir a taxa em futuros empréstimos junto ao Governo Federal.

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