Valores

O memorável ciclone-bomba matou 11 pessoas e provocou imensa destruição semana passada, merecendo a visita do presidente da República. Nada há ali que se desconsidere. Mas o que há a lamentar é que o mesmo Bolsonaro homenageou os mais de 63 mil mortos por covid-19, ou “gripezinha”, apenas com uma singela sessão de sanfona.

Dias ruins 

Atende por Benedito Gonçalves o nome do ministro do Superior Tribunal de Justiça que dirá qual o destino das denúncias contra o governador Carlos Moisés pedidas pela Procuradoria Geral da República quanto às compras fraudulentas de 200 respiradores. Admite-se até seu afastamento do cargo. Aliás, o governador precisa tomar um passe, tal a série de seus infortúnios recentes: perdeu  sua base  de apoio no Legislativo, que virou minoria; rompeu com a vice-governadora Daniela Reihehr e, no momento, pena um isolamento social por ter contraído o coronavírus.

Ativista social

A “ex-primeira-dama”, digamos assim, da Operação Lava Jato, está preparando a estreia de projeto-piloto do recém-fundado instituto que tem seu nome, Rosangela Moro, e que já está em atividades. Voluntários a ele vinculado usam uma fábrica ociosa do Grupo Malwee, de Jaraguá do Sul, na produção de  equipamentos de proteção individual para serem doados a quem lida diretamente com pacientes de covid-19.

Frigideira

Dizem os potins políticos que o coronel Araújo Gomes, agora da reserva da PM de SC, deixou de ser o titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública por ter sido “fritado” por seguidores do guru de Bolsonaro, o sociólogo Olavo de Carvalho. O motivo principal para descarte foi terem se deparado com fotos do coronel junto com políticos considerados de esquerda.

Auxilio negado

A Defensoria Pública da União abriu 42.183 processos de assistência jurídica para atender pessoas que tiveram negado o pedido de auxílio emergencial. Cerca de 10% (5.206) dos processos já viraram ações na Justiça,  287 das quais na unidade de Florianópolis, de onde é nascido o  defensor-geral, Gabriel Faria Oliveira.

De repente, dois

Até sexta-feira era de anos-luz a possibilidade de SC emplacar um ministro no governo Bolsonaro. No domingo já tinha ontem e ontem dois para a estratégica pasta da Educação, tão descuidada na atual gestão federal. O reitor da Unoesc, de Chapecó, Aristides Cimadon,  e o ex-secretário de Educação, Eduardo Deschamps. Agora vem o prá-valer: agradar que alas do governo. A militar ou a ideológica?

Liderança

O senadores Jorginho Mello (PL-SC), divide com o mineiro Antonio Anastasia (PSD) e a paulista  Mara Gabrilli (PSDB) o primeiro lugar entre os que mais  aprovaram projetos de leis relacionados à pandemia. Fora dois cada um. Mello se destacou pela a criação do Pronampe, linha de crédito para profissionais liberais e a proibição de restrição à cobertura de qualquer doença ou lesão, por seguro de saúde, em razão do coronavírus.

Sensatez

Boa parte das câmaras de vereadores de SC estão votando, por estes dias, leis ordinárias que fixam os subsídios do prefeito, vice, vereadores, secretários e detentores de cargos em comissão para o próximo ano. Prudentemente, já que o povão sofrido tem pedras na mão para atirar, estão votando para que não haja nenhum reajuste.

Túnel do tempo

A blumenauense Etel Kretzschmar, que trabalhou na Câmara dos Deputados em 1995 e 1996,  lembra que já naquele tempo acontecia a famosa “rachadinha” e que um dos poucos deputados que não fazia uso do vergonhoso expediente era o então deputado Paulo Gouvêa, de SC, de quem era auxiliar. Diz que caso alguém  queira investigar Bolsonaro, é preciso fazer uma varredura em todo o Congresso.

Volta às aulas

Única da Câmara dos Deputados em funcionamento durante o período da pandemia de covid-19, a comissão externa que acompanha as ações de combate ao novo coronavírus chega ao quinto mês de atividades, em julho, tendo realizado mais de 50 audiências com centenas de especialistas e autoridades, entre governadores, prefeitos e quatro ministros de Estado. Sua relatora, a catarinense Carmen Zanotto (Cidadania) acha que chegou o momento de se discutir a volta às aulas. Até 1º deste mês a comissão fez 52 reuniões na Câmara, três visitas a portos e aeroportos e um simpósio regional no Rio de Janeiro. No período, foram aprovados 17 projetos de lei apoiados pela comissão e encaminhados 38 ofícios com recomendações e demandas ao Poder Executivo.

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