As enchentes e alagamentos que atingiram cidades catarinenses ontem, 24, entre elas Nova Trento, demandam cuidados por parte da população que tem contato com as áreas afetadas. A situação motivou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) a reiterar as orientações aos moradores.

    Ao mesmo tempo, a Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVS/SC) emitiu uma nota técnica com orientações para os profissionais que atuam nos órgãos de Vigilância Sanitária dos municípios e das regionais. Os dois órgãos são vinculados à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV).

   A DIVE/SC alerta a população e os serviços de saúde para a possibilidade de aumento de agravos, como leptospirose e acidentes com animais peçonhentos, em períodos de chuva. Nesse momento, também é possível que ocorram acidentes com animais peçonhentos, como serpentes, aranhas e escorpiões, que procuram abrigo em locais secos e costumam invadir as residências.

“OS CASOS DE LEPTOSPIROSE COSTUMAM AUMENTAR QUANDO AS ÁGUAS AINDA ESTÃO BAIXANDO, OU QUANDO AS PESSOAS RETORNAM ÀS SUAS RESIDÊNCIAS E FAZEM A LIMPEZA DAS CASAS”

   As enchentes e alagamentos também costumam causar doenças de transmissão respiratória, como influenza, meningites, difteria, coqueluche, varicela e tuberculose. Elas são decorrentes de da permanência temporária em alojamentos e abrigos, com uma grande quantidade de pessoas convivendo em um mesmo espaço. Doenças de transmissão hídricas, causadas pela contaminação da água das redes públicas de abastecimento.

Medidas de prevenção:

  • Evitar contato com água ou lama de enchentes e não deixar que crianças brinquem no local;
  • Usar botas e luvas para trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
  • Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos (200 ml cada) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos;
  •  Jogar  fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos;
  •  Lembrar  que serpentes, aranhas e escorpiões podem estar em qualquer lugar da casa, principalmente em locais escuros. Nunca colocar as mãos em buracos ou frestas. Usar ferramentas como enxadas, cabos de vassoura e pedaços compridos de madeira para mexer nos móveis. Bater os colchões antes de usar e sacudir cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis;
  • Em caso de encontro de animais peçonhentos dentro da residência, afastar-se lentamente, sem assustá-los. E nunca pegar com as mãos animais peçonhentos, mesmo que pareçam estar mortos.

ANIMAIS PEÇONHENTOS

  1.  O acidentado deve procurar imediatamente um serviço de saúde, para que seja devidamente atendido. O tratamento deve ser sempre administrado por profissional habilitado e, de preferência, em ambiente hospitalar;
  2. Nunca se deve chupar o local da picada. Não é possível retirar o veneno do corpo, pois ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea;
  3. Não amarrar o braço ou a perna picada porque isso dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena;
  4. Não cortar o local da picada. Alguns venenos produzem hemorragia e o corte aumentará a perda de sangue.

Hipoclorito:

A Vigilância Sanitária disponibiliza hipoclorito de sódio e folder educativo com instruções quanto à desinfecção da água para consumo humano, limpeza, desinfecção de caixas de água e cuidados para evitar a contaminação decorrente das enchentes, assim como cuidados com alimentos, descarte de medicamentos, resíduos e  acidentes com animais peçonhentos.

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