Volta

Ainda se recuperando de profunda depressão, que quase o levou ao suicídio, se não fosse providencial e permanente atenção médica e da família, o ex-deputado e ex-secretário estadual Gilmar Knaesel, auditor fiscal de carreira da Receita Estadual, está de volta à ativa. Através de portaria do secretário da Fazenda, Paulo Eli, foi designado para exercer suas atividades na 1ª Gerência Regional da Fazenda Estadual de Florianópolis. Renovado, sim, mas ainda triste e magoado por saber que há quase quatro anos é investigado, com mais de 70 pessoas ouvidas sobre suposto desvio envolvendo seis ONGs de Biguaçu e São José, e não haver nada que o incrimine.

Foto: Divulgação


 

Epitáfio

Se fosse possível, o decreto, a ser publicado nos próximos dias, oficializando o fim das famigeradas Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), deveria acrescentar uma epitáfio, no estilo que se escreve sobre pedras em túmulos: “Aqui jaz, sem deixar saudades, um cabide de empregos e um símbolo máximo de desperdício do dinheiro do contribuinte catarinense. Descanse em paz eterna”.  Nesse capricho do então governador Luiz Henrique da Silveira – era uma boa ideia, mas viciada desde o início – se foram, em média, em valores atualizados, R$ 600 milhões por ano. Resultados práticos? Nem o governo sabe avaliar ou quantificar.

Enxugamento

O atilado analista político Adelor Lessa registra que em Içara, foi arquivado – mas pode voltar à pauta neste ano – importante projeto que reduz o número de vereadores no município, uma proposta que certamente teria imenso apoio popular se fosse copiada nos demais de SC, onde seus legislativos, exceções à parte, são vistos como exemplos de completa inutilidade, quando não um antro de corrupção e o mais perfeito cabide de empregos. A propósito: quando vai surgir uma lei eliminando o salário de vereadores?

Aliado (1)

Deve dar o que falar a ida do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) para o governo Jair Bolsonaro, como articulador do Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Consta que o presidente nacional dos tucanos,  o ex-governador Geraldo Alckmin, crítico de Bolsonaro, está com um  caroço na garganta.

Aliado (2)

Aparentemente nem aí para as vaidades tucanas – aliás, uma das   marcas históricas do partido, além do murismo –  o ex-líder do PSDB no Senado declarou que está disposto a trabalhar para que o governo “dê certo”. Afirmou ao jornal  “O Globo”: “Eu disse ao Onyx (ministro da Casa Civil) que não tenho nenhuma dificuldade, que quero que o governo dê certo e que ele pode contar comigo”.

 Maconha

Se queria polemizar – e aparecer, em todos os sentidos – o presidente do Instituto Mundial de Skate, André Barros, pai do principal skatista do Brasil, o florianopolitano Pedro Barros, vai conseguir com o que afirmou ontem em extensa reportagem na “Folha de S. Paulo”. Ele defende o uso de maconha por atletas. Não por dar vantagem competitiva, mas para que tenha uso medicinal.

Zombaria

A imprensa de Tubarão, principalmente a impressa, começa a se preocupar com a marca “República de Tubarão” que está sendo cunhada em referência ao novo governo estadual, tantos são os representantes da cidade sulina no primeiro escalão. Há quem ache que a referência tem tom jocoso. Não, não é bem assim, ainda. Mas se a gestão de Carlos Moisés desandar…

O pacificador

O PSL de SC busca a paz entre seus pares. E quem vai tentar restabelecê-la é o vice-presidente nacional da legenda, Antônio de Rueda, que visitará o Estado nesta semana. Como se sabe, três dos quatro deputados federais eleitos querem Lucas Esmeraldino fora, totalmente, do comando estadual.

Inversão

Foi a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que pediu explicações ao governo de SC sobre a situação das obras de acesso ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis. Não diz publicamente, mas a intenção é evitar um absurdo: que o terminal aeroportuário, concedido a uma empresa suíça, esteja pronto antes da conclusão das obras que dependem do poder público, como a burocracia das licenças ambientais, desapropriações e a construção de pistas.

Voz de Deus

Vice-presidente da CNBB e cardeal de Salvador, o brusquense dom Murilo Krieger, publicou artigo sobre a posse de armas no Brasil, cuja flexibilização parece uma compulsão de Jair Bolsonaro. O prelado fica em cima do muro, com prós e contra, e acerta na mosca ao dizer que esse não é um tema tão urgente para se debater agora.

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