Voto útil

Quando as eleições se encaminham para os seus momentos finais, é comum ouvir, após a divulgação das pesquisas eleitorais, que determinado candidato “derreteu”. Essa queda pode ocorrer por vários fatores, mas um deles é o chamado voto útil, que ocorre quando o eleitor acredita que está desperdiçando o seu ao escolher um nome que não tem chance de ir para o segundo turno ou quer evitar que outro candidato chegue.  Os cientistas políticos explicam que o objetivo da eleição em dois turnos é justamente o de dar liberdade de escolha ao eleitor no primeiro turno. Mas a divulgação das pesquisas eleitorais acaba promovendo uma corrida pelo voto útil. O cientista político Ricardo Ismael, da PUC do Rio de Janeiro, afirma que o eleitor deve ter cuidado ao receber os resultados das pesquisas, que sempre trazem um componente de incerteza, e avalia que o eleitor pode estar seguindo esses resultados de forma errada. Elas retratam um momento. Dependendo da dinâmica da campanha, aquele momento pode se modificar. Às vezes, a mudança acontece nos últimos dias; às vezes, até na véspera da hora do voto, há mudanças. Ou seja, às vezes há uma precipitação dos eleitores quando migram do seu candidato para outro, porque aquele candidato que ele está abandonando talvez ainda tenha chance de decolar. Para Ismael, um dos motivos para a volatilidade do voto no país é a pouca definição programática dos partidos.

Foto: Divulgação


Política e negócios

Um empresário como o catarinense Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ao se meter na política partidária – com 1,5 milhão de seguidores no Facebook, faz campanha aberta para Jair Bolsonaro -, perde ou ganha em vendas? “Quanto mais malho o PT, a esquerda, mais eu vendo”, afirmou em entrevista, ontem, à “Folha de S. Paulo”. Hang não teme perder consumidores, porque sua empresa não tem capital aberto em Bolsa e, assim, não precisa dar satisfação a acionistas.

Confiabilidade

Conhecido profissional do Direito em SC, que defende há décadas uma das mais importantes instituições financeiras do país, tem suas desconfianças quanto à quase cega confiabilidade da urna eletrônica. Diz que durante as 24 horas do dia, os maiores bancos, que tem sistemas eletrônicos super avançados, pagam fortunas para proteger suas contas contra ataques de hackers e, não raro, são vencidos. Porque não, também, o sistema eletrônico brasileiro de votação? Assunto para se pensar e preocupar.

Observadores

Alguns dos 48 especialistas de 18 nacionalidades da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (MOE/OEA) para as eleições gerais do próximo domingo já começaram a chegar. Atuarão no Distrito Federal e em mais 12 Estados, dentre eles SC. Aqui serão ciceroneados por pessoal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC).

Tango

O governador Pinho Moreira esteve presente na abertura, sábado, da Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT), em Buenos Aires, que termina hoje. O desafio das autoridades estaduais é manter o fluxo de argentinos para o Estado no próximo verão, garantindo a entrada de algumas centenas de milhões de dólares no comércio e, consequentemente, melhorar a cambaleante receita de impostos. Os hermanos representam 18% do total de turistas internacionais que visitam SC.

 Polícia municipal

Após as eleições deverá ir para o plenário, já que tramita em caráter conclusivo, projeto de lei do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), que dá às guardas municipais estatus de órgão de segurança pública. Permite que sejam denominadas “polícia municipal”, como já ocorre em alguns municípios.

 Sorte com CPF

Os participantes de loterias administradas pela Caixa podem ser obrigados a registrar o número do CPF no momento de cada aposta. O objetivo é facilitar a investigação de crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos e valores. Projeto de lei com tal objetivo, de autoria do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), está na pauta de votações da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Multa convertida

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Congresso Nacional anunciou que está recebendo emenda de projeto do senador Dário Berger (MDB-SC) que multa de transito aplicada por infração de natureza leve ou média seja convertida em advertência por escrito quando o condutor, ciclista ou pedestre não houver cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 meses. Berger justifica que sua proposta ainda pode ajudar a acabar com “a indústria da multa”. Cita dados da Prefeitura de São Paulo onde apenas 5% dos veículos paulistanos são responsáveis por mais da metade das infrações.

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