Adoção

Os serviços sociais em geral, tanto federais, como estaduais e municipais, bem que poderiam divulgar mais que mulheres ou gestantes podem fazer a entrega espontânea de bebês à Justiça para adoção, sem que a atitude seja considerada crime. Está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas quase ninguém sabe. Bem melhor do que, no desespero de pais, deixar o recém-nascido no cemitério, terminal rodoviário ou mesmo em um contêiner de lixo, como ocorrido recentemente em SC.

Invasão bárbara

O título acima foi dado pelo colunista Ancelmo Goes, de “O Globo”, que é nitidamente esquerdista, ontem, em nota informando que o Centro Acadêmico de Economia Celso Furtado, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, com sede em Criciúma, trocou de nome para Centro Acadêmico de Economia Roberto Campos. Celso Furtado e Roberto Campos são dois dos maiores economistas brasileiros do século 20.  Acrescenta que “ambos, embora em campos políticos opostos, são importantes para entender o Brasil, e seriam incapazes de mesquinharias e tosquices como essas dos estudantes catarinenses”.

Quase unanimidade

A pretendida Comissão Parlamentar de Inquérito da Lava Toga, para investigar as condutas do pessoal da toga, principalmente os intocáveis e impolutos “supremos” (que tem as assinaturas a favor dos senadores catarinenses Esperidião Amin e Jorginho Mello), já tem 86% de apoio dos brasileiros, conforme pesquisa do jornal “O Estado de S. Paulo”. Realmente algo está acontecendo de muito grave com nossa suprema corte.

Algo mais

Além de pé de porco, língua, focinho, máscara, orelha e rabo, subprodutos suínos que a China agora vai importar de SC, o governador Carlos Moisés quer algo mais dos chineses: a instalação de pelo menos uma das três montadoras que planejavam por aqui, após seguidas visitas em governos anteriores. Os planos da Great Wall Motor Company, marca líder em utilitários-esportivos (SUV), em Joinville; da Geely, de automóveis, que chegou a receber oferta de uma área no porto de Imbituba; e da Sinotruk, com fábrica de caminhões, em Lages, estão congelados, digamos assim.

Contra

Projeto de lei do deputado federal catarinense Gilson Marques (Novo), que acaba com a obrigatoriedade de registro profissional para artistas e técnicos de espetáculos de diversões, mal foi divulgado e já ter forte reação. O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de SP (Sated-SP) anunciou ontem que está se mobilizando junto a comissões da Câmara dos Deputados para impedir que seja aprovado.

Fissura

O deputado Sargento Lima (PSL) vinha sendo um fiel escudeiro do governo desde o começo do mandato. Quando se discutiu o repasse aos poderes,  chegou a ficar isolado, mas defendeu a proposta do Executivo reter R$ 400 milhões. Agora, pautas regionais e classistas estão fazendo dele nova pedra no sapato da Casa da Agronômica. Na assembleia da Associação de Praças (Aprasc), no último final de semana,  relatou a falta de atenção do Executivo às suas pautas: reposição de 37% aos praças (sem reajuste há cinco anos) e recuperação da rodovia no trecho da Serra Dona Francisca, que está em situação precária. Também incomoda Lima a diferença de tratamento dispensado ao partido que elegeu o governador (PSL) em relação ao MDB. Semana passada o chefe da Casa Civil esteve na Assembleia Legislativa. Reuniu-se com parlamentares do MDB e do PT, mas não visitou nenhum do PSL.

Silêncio que ensurdece

Autoridades federais sediadas aqui mantém um silêncio constrangedor quanto aos seguidos e impunes atentados ao direito de ir e vir em espaços “autônomos”, digamos assim, como são os do  campus da Universidade Federal de SC, em Florianópolis. As barricadas armadas semanas passada passaram do limite de tolerância. É assim que se espalha a imagem de desmando, intolerância e vandalismo na UFSC.

Acima de tudo

O Ministério Público de SC deu prazo de 30 dias para o governo estadual concluir as obras de acesso ao novo aeroporto de Florianópolis, como iluminação, guardrails, etc. Travestido de gestor público, acha que o Executivo tem uma Casa da Moeda. Se alguns agentes do MP fazer este tipo de pressão com um governador, dá para imaginar o que promovem quando se trata de humildes prefeitos.

Obras públicas

Das 76 obras públicas monitoradas pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc), 97% estão com prazo expirado ou com andamento comprometido. Quem for verificar verá, exceções raras à parte, aquilo que se chama o maior e mais safado jeitinho para que isso aconteça e tudo se pareça legal: o famigerado “aditivo”.

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