Uma missa em ação de graças, celebrada pelo arcebispo arquidiocesano de Florianópolis, dom Vilson Jonck, neste domingo, 2, na Igreja Matriz São Virgílio, às 8 horas, demonstra a importância, não só religiosa como histórica, da despedida dos padres Roberto Gottardo (pároco) e dos vigários Benno Brod e José Nelson Knob, encerrando, com eles, 140 anos (desde 1879) em que a congregação fundada por Santo Inácio de Loyola esteve à frente da coordenação pastoral da Paróquia São Virgílio.

Além da banda Padre Sabbatini, que foi convidada para o evento, durante a celebração haverá pronunciamentos e homenagens da comunidade e de movimentos cristãos aos três religiosos, que estão indo para assumir outros e até mais importantes compromissos.

Os novos

No lugar dos três jesuítas assumem os padres diocesanos Pedro Schlichting, natural de Leoberto Leal, 57 anos, que será o novo pároco e que se despediu da Paróquia São Joaquim, no município balneário de Garopaba, perto de Laguna; Flávio Feller, 42 anos, nascido em Canelinha; e Lúcio Espindola Santos, 68 anos, que é natural da cidade de Palhoça.  Ao novo pároco caberá definir que funções exercerão seus dois colegas, Flávio e Lúcio. A posse dos três será no próximo dia 9, em outra celebração na Igreja Matriz e também com o presença do arcebispo, que também pertence à congregação dos diocesanos.

O motivo da remoção foi permitir que Gottardo, Brod e Knob assumam outras obras apostólicas mais importantes para a congregação que, a exemplo de todas as outras, carece de padres.

O padre José Nelson Knob, que está a menos tempo em Nova Trento, será vigário paroquial na Paróquia Santo Inácio, da Arquidiocese de Cascavel, cidade do leste do Paraná que tem 330 mil habitantes. Sob jurisdição da arquidiocese há 16 municípios.

O padre Roberto Gottardo recebeu a incumbência comandar a área de evangelização na Diocese de Santo Ângelo, no norte do Rio Grande do Sul. A população da diocese é de aproximadamente 600 mil habitantes, compreendendo, além de Santo Ângelo, os municípios de São Luiz Gonzaga, Cerro Largo, Santo Cristo, Santa Rosa e Três de Maio.

E o padre Benno, que juntando dois períodos viveu 20 anos em Nova Trento, vai se juntar a outros quatro padres e dois irmãos jesuítas no atendimento a peregrinos e romeiros no santuário do Sagrado Coração de Jesus, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Desafio

Na semana passada, em entrevista à emissora de rádio FM de Garopaba, onde está se despedindo do cargo de pároco, o padre Pedro disse que sua missão  em Nova Trento “será árdua”, não apenas por ter dois santuários mas também pela dimensão da paróquia em relação à de Garopaba.  Considera um desafio porque até agora ele tinha sobre si o atendimento religioso de 10 comunidades e em Nova Trento terá 37. Disse que outro desafio é chegar a todas elas, já que há algumas que ficam distantes 45 quilômetros da sede, em estradas de chão.

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