Trineto de Magdalena Scotti Fumagalli, conselheiro do Comitê dos Italianos Residentes no Exterior (Comites) e do Consulado Geral da Itália para o Paraná e Santa Catarina, além de professor-mestre em língua italiana, o brusquense  Márcio Fumagalli enviou para “O Trentino”  – e  para que os neotrentinos saibam – da existência, no município, por mais incrível que possa ser, de uma verdadeira joia da construção local em seus primórdios.

Apesar de sua extrema simplicidade, trata-se de uma das primeiras  casas construídas em Nova Trento.  O raríssimo imóvel fica no hoje distrito de Claraiba, antigamente conhecido como “16” ou “Dezesseis”, por ter sido o primeiro ponto de chegada dos imigrantes italianos em Nova Trento – provindos da Colônia Itajahy-Principe Dom Pedro, em 1875.

Na residência da foto morou a imigrante milanesa/lombarda, trisavó de Márcio, Magdalena Scotti Fumagalli. Viúva aos 40 anos, deixou a Itália com seus filhos Giovanni Fumagalli (22 anos) e Enrico Fumagalli (10 anos), bisavô. Chegaram em Dezesseis – que tinha tal nome por estar distante 16 quilômetros da sede da Colônia Itajahy-Príncipe Dom Pedro, hoje Brusque, em 1875.

A construção foi erguida entre 1875/1876 e  é caracterizada pelo encaixe da madeira (sem o uso de prego) – e madeira cortada a machado, sem o uso do serrote – típico da carpintaria colonial italiana.

A reitora da Unifebe, Rosemari Glatz, já se predispôs, juntamente com professores e alunos do curso de Arquitetura, em fazer uma visita técnica com o intuito de catalogar a icônica residência em termos de “italianidade” em Santa Catarina. A casa fica na Rua Dorvalino Fumagalli e é mantida pela família até hoje. Tem, portanto, 150 anos de história.

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