Consequências

Em todas as rodas mais pensantes de SC onde o assunto esteve em pauta, ontem, uma conclusão foi quase unanime: culpado ou inocente, fosse qual fosse o resultado do julgamento do governador Carlos Moisés, os catarinenses não têm nenhum motivo para comemorar. Uns mais, outros menos, todos perdem.

Moisés e os astros

No horoscopo de ontem, para os nascidos em 17 de agosto, do signo de leão, como é o caso do florianopolitano Carlos Moisés da Silva, leu-se diferentes prognósticos nas redes sociais. O festejado Oscar Quiroga aconselhou: “O automatismo toma conta da vida sem que a alma perceba, mas chega um momento em que tudo fica entediante e as pessoas próximas vão perdendo seu valor. Procure pousar um novo olhar sobre tudo que faz parte de sua vida cotidiana”.

Moises e os astros

A astróloga Rosa di Maulo pontuou: “Compre somente o necessário e foque em equilibrar o orçamento. A semana terminará com resultados positivos de trabalho e planos de expandir a atuação. Encare conversas delicadas com a família e limite gastos. Viagem de férias dependerá de bom planejamento desde agora. Aproveite o dia para acelerar a produção e criar estratégias de divulgação. Reestruture a rotina”.  E o mineiro Igomer Henrique: “A consciência profunda de suas raízes, sonhos e desejos pessoais lhe traz consciência de tudo aquilo na sua vida externa que não se alinha a tal realidade pessoal. Seu magnetismo para tomar as rédeas da própria vida estão em alta, mas também sua necessidade de troca com o outro floresce”.

Normalidade 1

Enquanto um tribunal excepcional  decidia se ele devia ou não ir ao cadafalso, o governador Carlos Moisés deu-se ares de normalidade no seu cotidiano. Na manhã de ontem assinou ato autorizando o início da ampliação da maior estação de tratamento de esgoto de SC, a ETE Insular, em Florianópolis, cm custo de R$ 144,8 milhões.

Normalidade 2

Ao contrário do que alguns temiam, qualificando-o como candidato a elefante branco, na quinta-feira o governador visitou as instalações do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, confirmando que os envelopes do processo de concessão do complexo devem ser abertos no dia 24 de novembro, quando será conhecida a empresa que fará a gestão do espaço pelos próximos 20 anos. Custou, até agora, R$ 139 milhões. Enquanto isso, seu irmão de Florianópolis, no distrito de Canasvieiras, inaugurado em 2015, com 17,2 mil m2, capacidade para até 3,5 mil pessoas e custo de R$ 86 milhões, é quase um elefante branco. Só não o é totalmente porque sediou 13 eventos no ano passado, a maioria formaturas.

Perplexidade

É assustador e ao mesmo tempo triste se constatar que nenhum daqueles 70% de eleitores que votaram em Carlos Moisés há dois anos, e nenhum daqueles que votaram contra ele, esteve na Assembleia Legislativa, ou seu entorno, ontem, para prestar-lhe solidariedade ou condenação.  O mesmo se pode dizer dos representantes da sociedade organizada. Um chefe de Estado foi entregue aos leões. Medo? Indiferença?  Uma atitude que merece um estudo. Com a palavra, os entendidos.

Força

Depois da fragorosa derrota pelo governo estadual há dois anos, o MDB ressurge nas eleições deste ano em SC: participa na disputa por 205 prefeituras, em 88 dos quais disputa a majoritária com “chapa pura” (prefeito e vice do mesmo partido). Nos demais, está coligado com diferentes legendas, mantendo a tradição de ser o partido com mais candidatos e candidatas de SC.

Heranças

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar ontem se os Estados podem cobrar impostos sobre heranças e doações nos casos em que o doador vive em outro país, mas o beneficiário reside no Brasil. A questão envolve bilhões. Em todo Brasil há mais de 300 processos sobre o tema parados à espera da decisão, dos quais sete de SC. Um deles envolve o empresário Luciano Hang, que tem patrimônio de R$ 18,72 bilhões.

Fascite plantar

O Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa Tuper, processadora de aço de São Bento do Sul, a pagar R$ 10 mil de reparação a um soldador que desenvolveu fascite plantar (quem ouviu falar disso alguma vez?)  nos dois pés depois de trabalhar em pé por sete anos na solda de peças de escapamento. Por ter sobrepeso, o laudo pericial concluiu que o trabalho atuou como causa conjunta para o surgimento da doença ocupacional. No TRT-SC o pedido de indenização foi julgado improcedente.

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