De olho

As antenas deste espaço captaram um movimento, envolvendo principalmente jovens bolsonaristas, que atenderam chamado do Tribunal Regional Eleitoral de SC e se apresentaram, solícitos, como mesários para trabalhar nas eleições dia 2 de outubro. Eles não dizem explicitamente, mas tanto quanto um certo civismo pátrio, o que move muitos deles é o receio de que haja fraude no pleito, como sempre alegou Bolsonaro, sem nunca provar nada.

Pingos nos is

O que o Tribunal Superior Eleitoral não faz – o motivo é desconhecido – a Assembleia Legislativa de SC tenta fazer o devido reparo histórico sobre a urna eletrônica, afirmando, em ampla reportagem no seu portal, que ela pode ser considerada uma invenção catarinense. Partiu do juiz eleitoral Carlos Prudêncio, da comarca de Brusque, a iniciativa de informatizar os processos de votação e de totalização dos votos. Em 1989, sem pedir autorização do TRE-SC, fez o teste com aquela que seria a primeira urna eletrônica do país. Os escolhidos foram os 373 eleitores da 90ª seção da 5ª Zona Eleitoral. Os eleitores votaram com a cédula de papel e também no computador.

Sem elas

Ao não ter candidaturas femininas ao Governo do Estado, SC se encontra no mesmo patamar de outros sete Estados nas eleições deste ano: Espírito Santo, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Rondônia e Bahia.

Sem luxo 1

Surpreendente resolução do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SC) regulamenta os limites para o enquadramento dos bens de consumo nas categorias comum e de luxo. Com a classificação, fica vedada a aquisição de bens de luxo pelas 112 comarcas. Pela norma será considerado bem de luxo o dotado de qualidade, estética, preço e imagem de marca superiores aos convencionais. Pena que no andar de cima do Judiciário, naquele outro país chamado Brasília, a realidade seja outra. Onde luxo e ostentação seguem junto, a começar pelas cadeiras onde os “supremos” sentam.

Sem luxo 2

Na resolução do TJ-SC, os bens proibidos para compra foram classificados com algumas características, como  ostentativo, opulento, requintado, supérfluo, raro, glamoroso, hedônico, de origem específica e direcionado. Também deverão ser avaliadas para o enquadramento dos bens de luxo a relatividade econômica (variáveis que incidem no preço), temporal (variáveis mercadológicas do bem) e cultural (como as características mencionadas anteriormente).

Periculosidade

O deputado Celso Maldaner (MDB-SC) foi o autor e Darci de Mattos (PSD-SC)  relator de projeto de lei aprovado anteontem na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que deixa claro na legislação que as quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de combustíveis originais e suplementares dos veículos – para consumo próprio – não serão consideradas como atividades ou operações perigosas que impliquem riscos ao trabalhador, a ponto de constituir direito ao adicional de periculosidade. Há muitos processos trabalhistas pedindo a periculosidade, o que tem causado problemas para o setor produtivo.

E.Ts.

Informam as folhas sulinas que Izar Duarte, suplente de vereador de Tubarão, prometeu que assim que assumir o cargo sua prioridade será protocolar um projeto de lei propondo que o poder público local construa uma pista para extraterrestres no município. Já teria, inclusive, um local para pousos e decolagens.

Lição

Num workshop para profissionais das 11 Centrais de Penas e Medidas Alternativas do Estado, realizado esta semana em Florianópolis, um debate foi sobre homens que já foram condenados por atos como lesão corporal dolosa, injúria e difamação, contra mulheres no ambiente doméstico e que uma das penalidades estabelecidas é que eles participem de grupos reflexivos, em que profissionais trabalham a violência, sua razão, sua existência, para evitar que voltem a praticá-la. A boa novidade é que a medida tem apresentado excelentes resultados: 90% não voltam a reincidir nos atos.

Moderação

É bom ouvir petistas, como o lúcido Fernando Haddad (PT), candidato que lidera nas pesquisas de voto para o governo de São Paulo, considerar “exagerada” a operação da Polícia Federal contra os oito empresários – entre eles o brusquense Luciano Hang – que teriam trocado mensagens coloquiais consideradas golpistas em um grupo de WhatsApp. A ação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

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