Educar em casa

Evolui no Congresso Nacional e no Parlamento catarinense o polêmico projeto que prevê a inclusão, na legislação federal e estadual, da educação domiciliar, modalidade na qual os próprios pais ficam encarregados de prover o ensino dos filhos, que ficam desobrigados de comparecer à escola. No Congresso uma das principais ativistas da causa é a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC).

Esqueçam disso

No entorno do governador Carlos Moisés há uma ordem não dita por ninguém, mas que fica quase que dita pelo comportamento do chefe do Executivo: que ninguém mais faça referência a impeachment. Quer que se esqueça isso e que tenha plenas condições de governar, sem ter fantasmas pairando.

Deboche

Beira a deboche ao Judiciário de SC a iniciativa de um homem de 70 anos, condenado a 26 anos e oito meses de reclusão por homicídio qualificado e estupro de vulnerável, que pela quarta vez, a última nesta semana, teve negado pedido de prorrogação de prisão domiciliar. Detalhe: ele está foragido desde setembro de 2020.

Transformação

Em audiência pública, anteontem, promovida pela Câmara dos Deputados, a deputada estadual Paulinha (PDT) defendeu ardorosamente a recategorização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, que fica entre Bombinhas e Florianópolis. Assim, pode ser transformada em um parque nacional, como Fernando de Noronha e Abrolhos.  Ecochatos são contrários, lógico. Para ele o contribuinte tem que bancar tudo. Não consideram que assim pode ser sustentavelmente segura a partir da exploração da visitação assistida e do mergulho contemplativo, por exemplo. De quebra, criaria muitos empregos.

Sabotagem?

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, evita a palavra “sabotagem”, mas a insinua na crítica ao governo federal que vem ignorando a regulamentação da lei 14.124, que autorizou a aquisição de vacinas pelos estados e prefeituras, além de insumos e contratação de bens e serviços destinados à vacinação da covid. Loureiro é presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras e está perto de botar a boca no mundo sobre as dificuldades dos prefeitos interessados em adquirir os imunizantes.

Saúde mental

O sofrimento psíquico dos alunos da UFSC durante a pandemia é motivo de uma pesquisa, cujos primeiros resultados estão aparecendo. Um quarto dos 1.624 estudantes de graduação e pós-graduação no segundo semestre de 2020 afirmou possuir algum diagnóstico psiquiátrico (26%) e quase um quinto assinalou que utiliza medicação psiquiátrica por prescrição médica (19,6%). Mas um dado que chamou a atenção foi que mais de um terço (35,3%) assinalaram já terem se sentido discriminados dentro da universidade, principalmente por professores ou por colegas. Quase metade deles afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência na UFSC (49,8%), com destaque para o machismo (17,1%) e para o assédio moral (10,2%).

Nada mal

Apesar de tudo a vacinação contra a covid-19 em SC vai bem: há quase 1,9 milhão de vacinados, dos quais 1,2 milhão com a primeira dose e perto de 700 mil com a segunda, até ontem.

Lavagem bilionária

Assusta o noticiário sobre crimes financeiros. Ontem a Policia Federal caiu em cima de uma organização que teria lavado R$ 2,5 bilhões. Nome da operação: Black Flag.

Inacreditável

Parece irreal, mas é verdade. Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu evitar o prosseguimento de uma ação movida contra o Brasil nos Estados Unidos que poderia gerar prejuízos de aproximadamente US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) aos cofres públicos. O processo por danos físicos e morais foi ajuizado por um cidadão norte-americano extraditado em 1992. Moveu a ação alegando supostas ilegalidades no processo de extradição e fez acusações não comprovadas sobre o governo brasileiro, como a de que teria sofrido tortura durante o período em que ficou preso e de que chips eletrônicos foram implantados em seu cérebro com o objetivo de controlar suas atividades e pensamentos.

Tem mais

Nos dois casos em que o MP-SC quebrou o sigilo de notificação de iminente prejuízo a patrimônio coletivo,  a ele levada pelo responsável por este espaço, há um detalhe a acrescentar: numa delas, o texto foi fotocopiado, provavelmente dentro do próprio MP, e distribuído publicamente, expondo seu autor de forma vexatória.  Alguém teve o capricho de deixar uma cópia na caixa de correspondência do colunista que, assim, de forma altruísta, para evitar  danos a muitas pessoas, se transformou no vilão.

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