Fumo

Apesar da pandemia estar em curso e do brasileiro ter reduzido suas despesas em alguns itens de consumo, infelizmente as despesas com fumo continuam em alta, o que é um sintoma de que o vício e o prazer superam qualquer adversidade. Divulgou-se ontem que houve um acréscimo nominal de 16% nos gastos relacionados a fumo no País neste ano em comparação ao mesmo período de 2020.

Sobre vetos

Sobre dois vetos do governador, registrados aqui, ontem, um esclarecimento: Carlos Moisés atendeu parecer da Procuradoria Geral do Estado, que entendeu que o projeto de lei que trata da suspensão da cobrança de água e luz durante a pandemia é inconstitucional, porque o Estado não pode impor obrigação às concessionárias de serviço público quando o concedente é outro ente federado, no caso os municípios. Sobre os portadores de diabetes, o governo entende ser incontestável que mereçam atendimento preferencial na realização de exames em laboratórios, clínicas e hospitais; entretanto, a PGE entendeu que o projeto trata a prioridade de forma genérica, interferindo na conduta médica, que se pauta, sobretudo, pelo critério de gravidade.

Déficit

O assunto é um tanto complexo, mas a pesada conta é o contribuinte catarinense quem paga: todo santo mês o governo estadual tira do seu caixa a fortuna de R$ 450 milhões para cobrir o déficit da sua previdência, cujas entradas (contribuições) não cobrem as saídas (pagamento de aposentados, pensionistas e benefícios). Enquanto isso o projeto da reforma previdenciária patina. Convenientemente.

Multa

Após debochar sistematicamente do Judiciário, motivo de multas que chegam a R$ 3 milhões, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Florianópolis, que concordou em retomar as aulas em sistema hibrido a partir da próxima semana, teve retidos R$ 40 mil por descumprir a última liminar. Mas ganhou prazo de 30 dias para apresentar um projeto de aplicação deste recurso em benefício da categoria ou da comunidade escolar. Gracinha.

Crítico de vinho

Tido como o melhor do Brasil, morreu terça-feira o crítico de vinhos Jorge Carrara, argentino que adotou o Brasil para morar. E se deve em boa parte a ele, o que é e o que representa o vinho de SC, hoje, no mercado nacional e até internacional. Desde seus primeiros artigos sobre o assunto, publicados a partir de 2006, não raro exaltava sua  admiração pela qualidade dos vinhos catarinenses, especialmente os produzidos em São Joaquim.

 Pacote pronto

A assessoria do governador Carlos Moisés tem tudo pronto, ou seja, cópias de todos os processos – que, se sabe, foram arquivados, e inocentando-o – do Superior Tribunal de Justiça, Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado, para despacho à CPI da Covid do Senado.

Grande família

Mesmo sabendo da vigilância geral – a grande maioria das pessoas já sabe muito bem o que é nepotismo – alguns gestores públicos não se intimidam. Nesta semana o TJ-SC julgou caso de município do sul do Estado onde o então prefeito entre 2013-2016 nomeou para cargos na prefeitura a esposa, a irmã, o genro e o irmão do vice-prefeito. Detalhe: ocuparam quatro dos sete cargos de secretário municipal existentes na Prefeitura.

Linguagem neutra

Começou a tramitar no Legislativo estadual interessante projeto do deputado Jessé Lopes (PSL), que estabelece medidas protetivas ao direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa, de acordo com a norma culta, vedando o uso da chamada “linguagem neutra” na grade curricular, no material didático e nos comunicados realizados pelas instituições de ensino, públicas e privadas, e nos editais de concursos públicos.

Intolerância ideológica

Embora já previsto constitucionalmente, SC poderá ter uma lei de combate à intolerância ideológica, conforme projeto no Legislativo estadual, do deputado Sargento Lima (PL). A data escolhida para a celebração é 6 de outubro. Se é para conscientizar todos da  importância da democracia, tudo é válido.

Cinismo

Na maior cara de paisagem e sem o mínimo constrangimento, o ministro “supremo” Dias Toffoli não se declarou impedido na votação do Supremo Tribunal Federal, anteontem, para anular a delação  firmada com a Policia Federal pelo ex-governador Sérgio Cabral, em que ele, Toffoli, é acusado de vender sentenças. Socorro!

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