Apesar do baixo comparecimento – apenas 16 pessoas – foi muito produtiva a primeira reunião comunitária, das 19 às 21 horas da noite de ontem, 17, na Casa dei Nonni, para dar início à revisão do Plano Diretor Participativo do município. Na noite de hoje, 18, com início às 19 horas, reunião idêntica será realizada na escola municipal João Bayer Sobrinho, do distrito de Claraiba, e amanhã, 19, na escola do distrito de Aguti, no mesmo horário.

Nos três eventos há a participação, na coordenação, de duas técnicas do Consórcio Intermunicipal Catarinense (CimCatarina), que está formulando, no aspecto técnico, toda a mecânica do mais importante documento que, após sua aprovação final, será o balizador principal de toda política urbanística e de planejamento do município, tanto no perímetro urbano como rural.

Após explicar todo o processo de revisão do Plano Diretor, que tem 13 etapas, e explicar que as informações principais do município (econômico-fiscais, demográficas, de saúde, educação, etc.) já foram reunidas a partir de dados de órgãos estaduais e federais, as duas técnicas reuniram os participantes da reunião em quatro grupos diferentes e cada um foi motivado a apontar o que conhece da realidade do município em diferentes aspectos (economia, mobilidade, planejamento, urbanismo, meio ambiente, turismo, patrimônio cultural e histórico, etc.), as deficiências que existem e as potencialidades.

Surpresa

Para agradável surpresa das próprias técnicas, as 14 pessoas da comunidade que atenderam ao chamado para o evento, de diferentes campos de atividade e todas demonstrando um grande conhecimento da realidade municipal, foram reunidas quase uma centena de contribuições. Todas elas, em maior ou menor grau, serão analisadas mais detalhadamente e consideradas nas etapas seguintes de revisão do Plano Diretor, que tem que ficar pronto e ser aprovado até o final do ano para entrar em vigor em 2020.

Foram apontadas deficiências em várias áreas, especialmente quanto à mobilidade e a ordenação do espaço urbano central, que já não tem espaço para estacionamento, não há motivação para uso da bicicleta e há falta arborização e mais áreas verdes, dentre vários outros aspectos que batem de frente com o lema do Plano Diretor, que é proporcionar uma “cidade para as pessoas”. O Plano Diretor vai propor muitas soluções e alternativas para as questões, afirmaram as técnicas.

Há cada vez menos espaço para estacionamento na área central da cidade. Foto: Jessica Baumann

Em outro momento do trabalho em grupo, os participantes também apontaram as inúmeras potencialidades que o município tem a partir do que já existe, mas precisa ser melhorado para ter não só sustentabilidade como proporcionar, sempre que possível, emprego e renda.

As principais potencialidades apontadas foram:

O turismo (e junto com ele a gastronomia local), as opções de lazer (com exploração sustentável de recursos naturais, como reservas de mata atlântica, rios, etc.), e o rico patrimônio cultural, artístico, histórico e arquitetônico, entre outros.

Com as contribuições de ontem, de hoje e amanhã, o CimCatarina vai fazer um relatório do que conseguiu e apresentá-lo, de forma completa, nos futuros momentos da revisão do Plano Diretor. E, logicamente, terão divulgação em “O Trentino”, no portal e jornal impresso.

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