Lixo musical

A cantora catarinense Deborah Blanco resolveu desabafar em rede social. Farta de tanto lixo, afirmou que “música no Brasil virou ou pornográfica ou de corno,  com letras machistas ou grotescas”. Difícil discordar, já que é mais absoluta verdade. Está decidida a se mudar para a Europa e lá dar continuidade à sua carreira. Como tem talento, merece boa sorte.

Foto: Reprodução/Instagram


 

Quadrilha

O Supremo Tribunal Federal (STF) estava para decidir ontem se mandaria ou não para o banco dos réus, por organização criminosa, o chamado “quadrilhão do PP”, cujos cabeças (corruptíssimos históricos) são o líder da Maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do partido. Os quatro são acusados pelo crime de organização criminosa. Pergunta que muitos catarinenses se fazem: como convive o senador Esperidião Amin, expoente da legenda, com aquela corja?

Subindo à cabeça?

Vem causando estupefação em São Bento do Sul as inesperadas exigências prévias da assessoria do governador Carlos Moises na visita que faz hoje à cidade, para assinar ordem de serviço que dará início à construção de uma penitenciária industrial. Além de fotos do gabinete do prefeito Magno Bollmann onde o ato vai ocorrer, exigiu-se que alguém fique na porta para só deixar entrar quem estivesse na lista de autoridades previamente feita. Havia 16 nomes, depois reduzidos para 10, e sem imprensa. Ouviu-se ranger de dentes.

À salvo

O Ministério da Educação, que selecionou (aleatoriamente ou não é uma incógnita) a UFSC como a sexta instituição a ter o maior contingenciamento de recursos no seu orçamento para este ano, garantiu a ela continuidade, junto com outras quatro (Unesp, Uerj, UFMG e UnB) de um programa de promoção à educação universitária em direitos humanos, lançado em 2017 e com a adesão voluntária de 333 instituições de ensino superior, que no momento estão sem um canal de comunicação com o governo. Desde janeiro não se produz nenhum boletim sobre as ações.

Gatilho

Governadores de 13 Estados – o de SC está fora –  preparam carta conjunta com a assinatura de todos contra o decreto do presidente  Jair Bolsonaro que ampliou o porte de armas no país. Apelarão para que Executivo, Judiciário e Legislativo o revoguem.

Desencanto

Cada dia cresce a percepção de que é mesmo uma utopia achar que a maioria dos nossos deputados federais vai querer tornar mais rígidas as penas de crimes dos quais eles são os maiores protagonistas. Crimes como os de caixa 2 e prisão de réus condenados em segunda instancia, que constam do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.

 

Niki e nós

Nos anos 1970-80, quando estava no pico de sua carreira, o já  milionário piloto de Fórmula 1 Niki Lauda queria investir uma parte de seu dinheiro. Veio especialmente para Florianópolis com a intenção de comprar praticamente toda a Praia Brava, no extremo norte da Ilha de SC, então completamente desabitada. Hoje é reduto de ricos, novos ricos e, principalmente, de emergentes. Usou a estratégia errada, revelando-se o diretamente interessado. E o que poderia lhe custar uma bagatela, de repente alcançou cotação de milhões. Desistiu completamente.

Procedente

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou improcedente ação na qual o governo de SC pedia a declaração de nulidade do Decreto Presidencial 19/2005, que cria o Parque Nacional das Araucárias. O Estado alegava a necessidade de lei para sua criação, a desconsideração das propostas apresentadas nas audiências públicas que antecederam a edição do decreto e a ilegalidade da desapropriação por utilidade pública das terras particulares integrantes do local, alguns com titularidade de mais de 80 anos. Vem muito barulho por aí.

Estranhas fronteiras

Este é o país da piada pronta, alguém já disse. É o que se pode dizer de norma constitucional estabelecendo 150 quilômetros de faixa de fronteira em toda linha divisória terrestre do território nacional, onde,  salvo com autorização do Conselho de Defesa Nacional, é proibida, por exemplo, a alienação de terras públicas, construção de pontes, estradas internacionais, aeroportos e a posse de estrangeiros sobre imóvel rural. Um projeto no Congresso prevê faixas diferenciadas. Para SC, Rio Grande do Sul e Paraná seriam de apenas 10 quilômetros.

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