Medida certa

Por ter saído na frente no combate à covid-19, e por isso obtido resultados bastante satisfatórios, o governo catarinense recebeu nas últimas horas sinalizações do Ministério da Saúde para a mudança do perfil do isolamento social já a partir de segunda-feira. O anúncio sobre esta possível nova flexibilização deverá acontecer neste sábado ou domingo.

Foto: Divulgação

Ciúmes

Uma antena captou que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, bem que gostaria mas tem evitado citar SC como exemplo de enfrentamento da covid-19. No seu entorno uns dizem, explicitamente, o motivo: ciúmes que isso pode gerar em outros governos e governadores.

“Direito” negado

Nem o Supremo Tribunal Federal chegou a tanto – pronunciar-se sobre a constitucionalidade, óbvia, dos decretos estaduais que limitam atividades econômicas e aglomerações devido à covid-19. Mas o advogado, e surfista nas horas vagas, Juliano Schwinden Lüdkann, de Florianópolis, entendeu que não, e foi à justiça para ter garantido seu direito, constitucional, de pegar ondas entre 5h50 e 9 da manhã. O Juizado Especial Criminal de Florianópolis negou seu pedido.

Absurdo

Inacreditável. Mais uma do sempre inacreditável Rio de Janeiro, onde chegou à Justiça, esta semana, pedido de relaxamento de prisão de um condenado a 1.128 anos de pena. O pedido foi da Defensoria Pública, sob alegação de que o presidiário,  de 58 anos, autor de 61 crimes, entre roubos e estupros, poderia “ser infectado pelo novo coronavírus”. Socorro!

Menos mordomias

Um grupo de 15 senadores-  seus nomes não aparecem, talvez por temer que os demais 66 não fossem gostar, por pensar e agir “diferente”  – enviaram carta ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre, listando uma série de privilégios e mordomias que gostariam que fossem proibidas ou reduzidas para que,  com a economia, se canalize o dinheiro para ações de combate à covid-19. É preciso lembrar que a última obscenidade do Senado em relação ao contribuinte foi equiparar os planos de saúde dos senadores, ex-senadores e seus familiares, para seus servidores, vitalícios e ilimitados. Uma farra sem fim.

Circulação

Com base na localização de 60 milhões de telefones celulares no País, a empresa In Loco conseguiu medir em que capitais o isolamento social foi maior entre a última semana de março e os primeiros dias de abril. Quem mais saiu às ruas (48%) foram os moradores de Manaus, não por acaso uma das cidades mais atingidas pela covid-19. Na outra ponta esteve Florianópolis. Entre os dias 23 e 27 de março 65% ficaram em casa, mas na semana seguinte caiu para 55%.

Dispensável

Em momento tão difícil para todos o governo estadual está contratando iluminação cênica e decorativa da ponte Hercílio Luz. Dispensável, não? É motivo de um pedido de informação dos deputados João Amin (PP) e Sargento Lima (PSL), aprovados na Assembleia Legislativa, anteontem.

Projeto absurdo

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, teve o bom senso de vetar (e a Câmara o manteve) projeto de lei absurdo que proibia a multa por videomonitoramento no trânsito da cidade. Só valeria com a presença do policial, no flagrante. Para que gastaram tanto com as câmeras? Só pagar pegar trombadinhas?

Mão de vaca

Com lucros que se contabilizam em dezenas de bilhões, os bancos Bradesco, Itaú e Santander decidiram doar módicos R$ 50 milhões para ajudar empreendedores a produzir insumos hospitalares para combater a atual pandemia.

Agrotóxicos

A poderosa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Supremo Tribunal Federal a suspensão da eficácia de leis municipais que proíbem a pulverização aérea de agrotóxicos. O pedido foi feito na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 667, em que a entidade questiona 15 normas de municípios de seis Estados, entre eles catarinenses.

Pena dobrada

Dá para imaginar a corrupção diante das dezenas de bilhões para enfrentamento da covid-19 no Brasil. É tão previsível que o deputado federal Rodrigo Coelho (Novo-SC) divide com a colega de partido Adriana Ventura (SP), projeto de lei  que prevê punição em dobro, durante estado de calamidade pública, para os crimes praticados por funcionário público contra a administração pública. Em razão da covid-19, estão afrouxadas diversas regras de fiscalização. Daí que…

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