Memórias de FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quer comemorar seus 90 anos, em 2021, com um livro de memórias, com muitos “causos”. Será que mencionará seu ex-amigo, ex-governador, ex-senador e ex-ministro Jorge Bornhausen, prestes a completar 84 anos? É que em 2015, após ler “Diários da Presidência Volume 1” , do ex-presidente, JKB teria dito que FHC “apequenou sua presidência” ao descrever sua passagem pelo poder em um “livro de futricas”.

Esquecimento

Cobra-se aqui, com frequência, a incapacidade dos catarinenses manterem a memória de pessoas que em vida honraram seu Estado e suas origens, como Zilda Arns. Um atencioso leitor pede para que não se esqueça, o que lamentavelmente vem ocorrendo, da vida e da obra do ilustre caçadorense Raymundo Faoro (1925-2013), jurista, cientista político e sociólogo, autor da magistral “Os Donos do Poder: Formação do patronato político brasileiro”, considerada uma das melhores interpretações deste complexo país chamado Brasil.

Indecoroso

Quando se constata centenas de hospitais filantrópicos, Brasil afora, inclusive em SC, verdadeiramente mendigando recursos para continuar atendendo pacientes,  70% deles pelo SUS, a Câmara dos Deputados aprova projeto perdoando R$ 1 bilhão das igrejas em geral, de compromissos não quitados com a Receita Federal e outros órgãos da União. Vergonhoso, revoltante e intolerável.

Pescado

Um meritoso projeto no Legislativo estadual propõe a criação do Programa de Incentivo ao Consumo de Pescado no Estado, já que ele está cada vez mais distante das mesas. Um dos motivos é o preço, abusivo até, sustentado por poderosos cartéis na intermediação e comercialização, especialmente na região metropolitana da Capital. Como explicar que um reles quilo da outrora popular sardinha custe o dobro do preço do mais nobre filé de frango? Não, a culpa não é do dono da peixaria ou do pescador.

Tragédia em Floripa

Contratado recentemente como técnico do Figueirense, o ex-jogador Elano pontuou maciçamente na imprensa esportiva paulista nas últimas horas, ganhando amplo espaços para expressar seu espanto com a invasão de um grupo de  torcedores ao estádio Orlando Scarpelli durante um treino, sábado. Alguns atletas ficaram feridos e o ocorrido está sendo investigado pela Polícia Civil. O treinador revelou que algumas pessoas estavam carregando armas de fogo e ressaltou que por muito pouco não aconteceu uma tragédia. Um episódio para envergonhar o futebol catarinense, já tão por baixo.

Como fazer

Talvez o que faz, diligentemente, a Policia Militar de Nova Trento, sirva para outros municípios de SC onde o problema é o mesmo ouaté maior, combater a verdadeira praga que é a representada por motociclistas que mudam os escapamentos para causar o maior ruído possível. Nas rondas, são abordados, multados (R$ 195 e cinco pontos na CNH) e intimados a repor o equipamento correto, em 24 horas, levando a moto para inspeção no quartel. Tem funcionado maravilhosamente bem.

Credenciais

É cercada de muita expectativa a entrada da equipe masculina de Blumenau na Superliga A de voleibol, assim que a pandemia se for. Caçula da elite da modalidade, vice-campeã da Superliga B em 2018/19, tem a fama de ser um dos clubes mais organizados do Brasil, diz e comentarista Bruno Voloch, do “Estadão”. Além disso, o time chama a atenção pelo programa sócio-levantador, pioneiro no Brasil, que funciona como cartão de desconto para quem vai assistir seus jogos nas arenas.

Provar honestidade

Neste país da piada pronta, não basta ser honesto, se tem que provar. Assim é com a necessidade absurda de reconhecimento de firma em cartório para atestar a autenticidade de assinatura em documento público ou privado, uma velha e abusiva prática cartorial que em nada contribui para a segurança jurídica. Com o avanço tecnológico, virou uma burocracia cara e dispensável. Mas há esperança. Projeto do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), a dispensa. A conferência seria  feita por quem receber o documento assinado, tomando por base qualquer outro, oficial, apresentado pelo autor da assinatura. Simples, não?

Nome

Um nome para os brasileiros de bem lembrar sempre quando  se derem conta de que seus princípios e conceitos básicos e elementares estão sendo postos à prova: Augusto Aras, procurador-geral da República. Sua determinação parece ser uma só: encurtar a duração da Operação Lava Jato, ou até liquidá-la, para proteger alguns. Sabe-se quem são.

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