A neotrentina Andreza Gessele Bittencourt foi uma das cinco pessoas premiadas no Concurso Negócios Inovadores do Sebrae, que aconteceu em Florianópolis, na sede do Sebrae, com 25 finalistas. O prêmio é uma viagem para o Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Foram 783 projetos entregues, e após várias etapas de classificação, 25 ideias foram selecionadas. Na tarde do dia 14 de setembro aconteceram as bancas finais de avaliação e,à noite, a cerimônia de premiação. Além dos cinco vendedores do primeiro lugar que ganharam a viagem, cinco ficaram em segundo lugar e ganharam um iPad cada como prêmio.

“Foi muito gratificante, além de todo o conhecimento e toda a bagagem que a gente conseguiu adquirir durante o dia, porque ter a validação de pessoas que já estão no mercado de trabalho é outra sensação”, declara Andreza.

Andreza, que é acadêmica de administração pela Univali, conta que está desde o ano passado trabalhando no projeto, inclusive frequentando aos sábados uma oficina de modelagem de novos negócios na própria universidade. A oficina estava sendo lecionada por Marco Antonio Garcia Junior, que havia vencido o segundo lugar no mesmo concurso do Sebrae. Ele sugeriu que a acadêmica propusesse uma ideia e negócio e que realizasse a inscrição no concurso.

O projeto vitorioso de Andreza, nomeado “ELLA Adapt Wear” (ELLA roupa adaptável, em tradução literal) consiste em uma linha de lingerie feminina desenvolvida especialmente para pessoas portadoras de necessidades especiais, que possuam alguma limitação física, como dificuldade de se vestir.

“A nossa ideia é produzir peças que facilitem a independência e proporcionem  facilidade no seu uso. Queremos que estas pessoas se olhem no espelho e, apesar de suas limitações, se sintam mais bonitas, mais valorizadas e incluídas na sociedade”.

Para o estudo das peças Andreza visitou pessoas da cidade de Nova Trento que possuem necessidades especiais para entender as especifidades do público-alvo do projeto. Um exemplo é o sutiã, que segundo a universitária, mulheres mais idosas deixam de usar devido à dificuldade de vesti-lo.

O processo de produção teve o apoio da empresária Miriam Bittencourt, proprietária da marca de vestuário feminino Dimy, que disponibilizou uma estilista para alinhar o projeto à uma peça real. Após esta etapa, foi desenvolvido um protótipo dos modelos e dado início à procura dos materiais para produção. Andreza também contou com a ajuda de Alisson Vinotti, acadêmico de Design de Produtos, que desenvolveu um fecho exclusivo para a lingerie em impressora 3D.

Sobre a viagem ao Vale do Silício, que será realizada no final do mês de outubro, a empreendedora conta que já existe um roteiro programado. Os cinco vencedores desta edição irão visitar de três a quatro empresas por dia. Entre elas, a sede do Google, Apple, Facebook entre outras.

 

 

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